O Museu do Eclipse, em Sobral, foi fundado em 1999 em comemoração aos 80 anos da comprovação da Teoria da Relatividade. O espaço, climatizado, é dotado de um moderno observatório onde os visitantes podem conferir uma exposição de registros obtidos por luneta e fotos originais utilizadas para comprovar a Teoria de Einstein, além das fotos que registraram a presença de sua expedição científica a Sobral.
Além de imagens de galáxias e planetas, o primeiro mapa lunar do Brasil e o jornal The New York Times que noticiou a comprovação da Teoria, um simulador elétrico de eclipses e réplicas movimentadas do Sistema Solar traduzem, de modo virtual, as experiências das expedições astronômicas.
O Museu está localizado na Praça do Patrocínio, ponto da observação do eclipse de 1919. Para compor o complexo, há ainda um monumento erguido em 1974 em homenagem ao eclipse. O Museu do Eclipse é filiado à Associação Mundial de Astronomia.
Além de programação para visitantes com acompanhamento guiado, o museu também oferece cursos de capacitação para professores. Pelo menos uma vez por semana são realizadas palestras de divulgação científica para o público leigo sobre Astronomia, Cosmologia e História da Ciência.
No período noturno, quando as condições atmosféricas permitem, são realizadas observações detalhadas de corpos celestes de maior visibilidade, como a Lua e alguns planetas.
O Museu do Eclipse em Sobral ajuda também a demonstrar que muitas aplicações da Astronomia estão no dia-a-dia das pessoas. Esta ciência contribuiu para obtermos a nossa organização do tempo e do espaço, assim como na medição da duração do dia, das estações do ano, e na navegação.
Está presente também na vida atual quando, por meio de satélites, faz-se a transmissão de informações por telefone, via televisão, estudos sobre a desertificação, localização de bacias petrolíferas, prevenção de incêndios. São inúmeras as contribuições da Astronomia, inclusive no estudo de novos medicamentos.
Sua influência cultural é outro exemplo, que ampliou o conhecimento do homem sobre si mesmo. O presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia (SBAA) e diretor do Planetário Rubens de Azevedo em Fortaleza, Dermeval Carneiro, observa que a Astronomia parece abstrata, mas não é. “Ela está presente no nosso dia-dia de várias maneiras, pois na produção de alimentos e na agropecuária estão envolvidas questões relativas ao clima, vegetação e incidência dos raios solares”.
Ele acrescenta que tudo isso interfere na economia. Carneiro, que há 35 anos se dedica à Astronomia, ressalta que a iniciativa da ONU de eleger 2009 como o Ano Internacional da Astronomia (AIA), é uma maneira de estimular os países que fazem parte da organização a divulgarem mais esta ciência.
Afinal, foi a Astronomia que forneceu as ferramentas conceituais para a Astronáutica, bem como possibilitou chegar-se à análise espectral da luz e à fusão nuclear. Segundo o pesquisador, não obstante todas estas contribuições durante muitos anos a Astronomia foi considerada, no Brasil, como uma ciência que se limitava a observar as estrelas.
O estudante Cláudio Henrique, 12, afirma que se interessa pela Astronomia como um todo, principalmente quando se trata de sua parte prática, acrescentando que, além de ler sobre o assunto, gosta dos estudos em laboratório e no observatório.
Já Dennis Weaver, diretor do Observatório do Colégio Christus (também na capital cearense), aponta que estão previstas, como parte da programação do AIA, observações telescópicas em espaços públicos. As metas desta iniciativa incluem tornar as descobertas astronômicas mais presentes na vida diária das pessoas, por meio de sua divulgação em documentários de TV, rádio, jornais e exposições.
Os países que participam da programação do AIA vão relatar à coordenação internacional do evento a participação da sociedade e as atividades realizadas. Com a avaliação, os organizadores querem pesquisar o número de pessoas leigas, especialmente jovens e crianças, que viram o céu por meio de telescópio. “Entre as propostas do AIA está a difusão e a popularização da Astronomia”, ressalta o professor de Física e Astronomia Heliomarzio Rodrigues Moreira.
(do jornal O POVO)
Além de imagens de galáxias e planetas, o primeiro mapa lunar do Brasil e o jornal The New York Times que noticiou a comprovação da Teoria, um simulador elétrico de eclipses e réplicas movimentadas do Sistema Solar traduzem, de modo virtual, as experiências das expedições astronômicas.
O Museu está localizado na Praça do Patrocínio, ponto da observação do eclipse de 1919. Para compor o complexo, há ainda um monumento erguido em 1974 em homenagem ao eclipse. O Museu do Eclipse é filiado à Associação Mundial de Astronomia.
Além de programação para visitantes com acompanhamento guiado, o museu também oferece cursos de capacitação para professores. Pelo menos uma vez por semana são realizadas palestras de divulgação científica para o público leigo sobre Astronomia, Cosmologia e História da Ciência.
No período noturno, quando as condições atmosféricas permitem, são realizadas observações detalhadas de corpos celestes de maior visibilidade, como a Lua e alguns planetas.
O Museu do Eclipse em Sobral ajuda também a demonstrar que muitas aplicações da Astronomia estão no dia-a-dia das pessoas. Esta ciência contribuiu para obtermos a nossa organização do tempo e do espaço, assim como na medição da duração do dia, das estações do ano, e na navegação.
Está presente também na vida atual quando, por meio de satélites, faz-se a transmissão de informações por telefone, via televisão, estudos sobre a desertificação, localização de bacias petrolíferas, prevenção de incêndios. São inúmeras as contribuições da Astronomia, inclusive no estudo de novos medicamentos.
Sua influência cultural é outro exemplo, que ampliou o conhecimento do homem sobre si mesmo. O presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia (SBAA) e diretor do Planetário Rubens de Azevedo em Fortaleza, Dermeval Carneiro, observa que a Astronomia parece abstrata, mas não é. “Ela está presente no nosso dia-dia de várias maneiras, pois na produção de alimentos e na agropecuária estão envolvidas questões relativas ao clima, vegetação e incidência dos raios solares”.
Ele acrescenta que tudo isso interfere na economia. Carneiro, que há 35 anos se dedica à Astronomia, ressalta que a iniciativa da ONU de eleger 2009 como o Ano Internacional da Astronomia (AIA), é uma maneira de estimular os países que fazem parte da organização a divulgarem mais esta ciência.
Afinal, foi a Astronomia que forneceu as ferramentas conceituais para a Astronáutica, bem como possibilitou chegar-se à análise espectral da luz e à fusão nuclear. Segundo o pesquisador, não obstante todas estas contribuições durante muitos anos a Astronomia foi considerada, no Brasil, como uma ciência que se limitava a observar as estrelas.
O estudante Cláudio Henrique, 12, afirma que se interessa pela Astronomia como um todo, principalmente quando se trata de sua parte prática, acrescentando que, além de ler sobre o assunto, gosta dos estudos em laboratório e no observatório.
Já Dennis Weaver, diretor do Observatório do Colégio Christus (também na capital cearense), aponta que estão previstas, como parte da programação do AIA, observações telescópicas em espaços públicos. As metas desta iniciativa incluem tornar as descobertas astronômicas mais presentes na vida diária das pessoas, por meio de sua divulgação em documentários de TV, rádio, jornais e exposições.
Os países que participam da programação do AIA vão relatar à coordenação internacional do evento a participação da sociedade e as atividades realizadas. Com a avaliação, os organizadores querem pesquisar o número de pessoas leigas, especialmente jovens e crianças, que viram o céu por meio de telescópio. “Entre as propostas do AIA está a difusão e a popularização da Astronomia”, ressalta o professor de Física e Astronomia Heliomarzio Rodrigues Moreira.
(do jornal O POVO)
O ECLIPSE DE 1919
Uma das observações científicas mais importantes de toda a história da Astronomia foi realizada no Brasil, em Sobral (CE), por astrônomos da Royal Astronomical Society de Londres, durante o eclipse total do Sol de 1919.
Segundo a Teoria Geral da Relatividade, publicada por Einstein em 1915, a matéria (massa) "distorce" o espaço e o tempo em suas proximidades. Como conseqüência desta distorção, um feixe de luz, ao passar próximo de uma grande massa, deve ser desviado (mudança em sua direção de propagação) por uma quantidade maior do que previa a Teoria da Gravitação formulada por Isaac Newton no século XVII e até então inquestionável.
A luz de uma estrela ao passar próxima ao Sol deveria ser desviada, segundo Einstein, por 1,75 segundos de arco, desvio esse duas vezes maior do que o previsto pela teoria de Newton. Em 1913, Einstein comunica a um astrônomo a sua nova teoria.
O astrônomo Arthur Eddington, da Universidade de Cambridge, rapidamente reconheceu a importância do que teoricamente afirmava Einstein e o fato de poder ser verificada tal teoria durante a totalidade de um eclipse solar — quando podemos ver estrelas que, naquele momento, se encontram quase atrás do Sol.
As posições dessas estrelas, nesse momento, seriam vistas deslocadas pela quantidade prevista por Einstein? O eclipse de 29 de maio de 1919 ofereceria as condições ideais para essa verificação, quando o Sol eclipsado ficaria, visto da Terra, bem próximo a estrelas relativamente brilhantes. (foto: Einstein e Eddington em Cambridge)
Duas expedições foram então organizadas pela Royal Astronomical Society para observar esse fenômeno. Uma delas, chefiada pelo astrônomo Andrew Crommelin, veio para Sobral (CE), cidade, à época, com 2 mil habitantes. Uma outra, chefiada pelo próprio Eddington, dirigiu-se para a Ilha do Príncipe na costa atlântica africana (proximidades da Guiné Equatorial): estes eram os locais apontados pelos cálculos astronômicos como os que apresentariam as melhores condições para comprovar ou refutar a teoria formulada por Einstein.
Na Ilha do Príncipe, o mau tempo prejudicou o trabalho. Na hora do eclipse o céu estava nublado, permitindo que apenas duas das várias fotografias efetuadas apresentassem imagens de estrelas. Porém, Sobral apresentou condições meteorológicas muito melhores, e assim foram obtidas sete boas imagens do fenômeno. No início de novembro daquele ano, a Royal Astronomical Society anunciou que os resultados obtidos confirmavam a teoria de Einstein.
(leia além em www.observatorio.ufmg.br)
Uma das observações científicas mais importantes de toda a história da Astronomia foi realizada no Brasil, em Sobral (CE), por astrônomos da Royal Astronomical Society de Londres, durante o eclipse total do Sol de 1919.
Segundo a Teoria Geral da Relatividade, publicada por Einstein em 1915, a matéria (massa) "distorce" o espaço e o tempo em suas proximidades. Como conseqüência desta distorção, um feixe de luz, ao passar próximo de uma grande massa, deve ser desviado (mudança em sua direção de propagação) por uma quantidade maior do que previa a Teoria da Gravitação formulada por Isaac Newton no século XVII e até então inquestionável.
A luz de uma estrela ao passar próxima ao Sol deveria ser desviada, segundo Einstein, por 1,75 segundos de arco, desvio esse duas vezes maior do que o previsto pela teoria de Newton. Em 1913, Einstein comunica a um astrônomo a sua nova teoria.
O astrônomo Arthur Eddington, da Universidade de Cambridge, rapidamente reconheceu a importância do que teoricamente afirmava Einstein e o fato de poder ser verificada tal teoria durante a totalidade de um eclipse solar — quando podemos ver estrelas que, naquele momento, se encontram quase atrás do Sol.
As posições dessas estrelas, nesse momento, seriam vistas deslocadas pela quantidade prevista por Einstein? O eclipse de 29 de maio de 1919 ofereceria as condições ideais para essa verificação, quando o Sol eclipsado ficaria, visto da Terra, bem próximo a estrelas relativamente brilhantes. (foto: Einstein e Eddington em Cambridge)
Duas expedições foram então organizadas pela Royal Astronomical Society para observar esse fenômeno. Uma delas, chefiada pelo astrônomo Andrew Crommelin, veio para Sobral (CE), cidade, à época, com 2 mil habitantes. Uma outra, chefiada pelo próprio Eddington, dirigiu-se para a Ilha do Príncipe na costa atlântica africana (proximidades da Guiné Equatorial): estes eram os locais apontados pelos cálculos astronômicos como os que apresentariam as melhores condições para comprovar ou refutar a teoria formulada por Einstein.
Na Ilha do Príncipe, o mau tempo prejudicou o trabalho. Na hora do eclipse o céu estava nublado, permitindo que apenas duas das várias fotografias efetuadas apresentassem imagens de estrelas. Porém, Sobral apresentou condições meteorológicas muito melhores, e assim foram obtidas sete boas imagens do fenômeno. No início de novembro daquele ano, a Royal Astronomical Society anunciou que os resultados obtidos confirmavam a teoria de Einstein.
(leia além em www.observatorio.ufmg.br)
SAIBA MAIS
Metas AIA 2009 :
>> Difundir na sociedade uma mentalidade científica;
>> Promover acesso a novos conhecimentos e experiências observacionais;
>> Promover comunidades astronômicas em países em desenvolvimento;
>> Promover e melhorar o ensino formal e informal da ciência;
>> Fornecer uma imagem moderna da ciência e do cientista;
>> Criar novas redes e fortalecer as já existentes;
>> Ampliar a mentalidade científica entre o público geral com a comunicação de resultados científicos na Astronomia;
>> Promover comunidades astronômicas em países em desenvolvimento por meio de colaborações internacionais;
>> Apoiar e melhorar o ensino formal e informal de ciências em escolas, centros de ciências, museus e planetários.
>> Difundir na sociedade uma mentalidade científica;
>> Promover acesso a novos conhecimentos e experiências observacionais;
>> Promover comunidades astronômicas em países em desenvolvimento;
>> Promover e melhorar o ensino formal e informal da ciência;
>> Fornecer uma imagem moderna da ciência e do cientista;
>> Criar novas redes e fortalecer as já existentes;
>> Ampliar a mentalidade científica entre o público geral com a comunicação de resultados científicos na Astronomia;
>> Promover comunidades astronômicas em países em desenvolvimento por meio de colaborações internacionais;
>> Apoiar e melhorar o ensino formal e informal de ciências em escolas, centros de ciências, museus e planetários.
NAVEGUE
AIA-Ano Internacional da Astronomia 2009
www.astronomia2009.org
SAB-Sociedade Astronômica Brasileira
www.sab.org.br
AIA-Ano Internacional da Astronomia 2009
www.astronomia2009.org
SAB-Sociedade Astronômica Brasileira
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SBAA-Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia
www.sbaa.com.br
www.sbaa.com.br
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