06 dezembro 2013

PONTUAL LOCAL

Cinco coisas que eu
gostaria de saber*






1. Confesso a minha surpresa quanto à preocupação da Justiça brasileira com o caráter do atual empregador do ex-ministro José Dirceu, no hotel Saint Peter. Li, por exemplo, que um dos motivos do trabalho para os detentos é a “ressocialização do preso” e que é muito importante a “correção” da empresa empregadora. Eu fico me perguntando sobre as atuais estatísticas de ressocialização de adolescentes e jovens adultos neste País. Não há um certo exagero neste zelo com o José Dirceu?

2. O ex-deputado Roberto Jefferson fez uma perícia médica para saber se vai cumprir prisão domiciliar ou em presídio. Ele está em tratamento de um câncer de pâncreas. Daí, a minha dúvida é: o Estado é obrigado a fornecer ao deputado, no presídio, uma alimentação adequada ao seu estado de saúde? Não seria mais barato mantê-lo em casa sob a proteção, o carinho e as despesas da família?

3. Conversando, domingo passado, com uma amiga, professora da UECE lotada no Interior, ela me dizia que a situação de alguns polos é tão grave que não tem segurança nem um corpo mínimo de servidores que dê conta da estrutura. Sem contar que falta uma quantidade imensa de professores para vários cursos e que o salário pago aos substitutos não cobre os custos do deslocamento de uma cidade para outra ou mesmo uma mudança de residência para o local.

E mais, que existe um edital pronto para a contratação efetiva de professores dormindo o sono dos justos na mesa do governador e ele não assina. Agora, me digam: o governador Cid Gomes não deveria sentar-se como um cidadão cearense e ouvir os professores?

4. Leio com uma atenção redobrada todas as informações sobre o aumento do IPTU. E considero hipócrita essa grita em torno da proposta de elevação do imposto, se quase todos os dias sabemos que o valor dos imóveis só cresce numa escalada insana. Não seria mais prudente que o valor dos imóveis voltasse à realidade e deixasse de ser ficção? Até porque não existe coisa mais concreta do que imposto.

5. A secretaria da Educação do Município informou que está reduzindo o horário integral do Ensino Infantil para aumentar a base de matrículas na rede, nesta faixa. É claro que ninguém é doido para ser contra que cada vez mais crianças tenham acesso à escola, mas o que pergunto é: por que o secretário não amplia as matrículas em sistema integral? Não seria essa a verdadeira expansão do ensino nesse período de pré-alfabetização?

*a jornalista Regina Ribeiro publica o que escreve no jornal O Povo de Fortaleza/CE


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