12 fevereiro 2015

JE SUIS MORTEL


Brasil é 99.º em liberdade de imprensa
no ranking da Repórteres sem Fronteiras*





O Brasil ficou na 99.ª posição no ranking de liberdade de imprensa divulgado hoje (12) pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com a análise das condições de trabalho para a imprensa em 180 países. A colocação representa um ganho de 12 posições em relação à 111.ª posição que o País ocupou no ranking de 2013, 

No relatório apresentado hoje, a RSF comenta que o Brasil perdeu o título de "País mais mortífero do Ocidente para jornalistas", assumido atualmente pelo México, que ocupa a 148.ª posição no ranking geral de liberdade de imprensa. 

No ano passado, dois jornalistas foram assassinados no Brasil por motivos diretamente relacionados ao seu trabalho, enquanto três foram mortos no território mexicano.

A organização afirma que o Brasil “tornou-se um pioneiro na proteção dos direitos civis online, por meio da adoção do Marco Civil da Internet". 

A Repórteres sem Fronteiras ressalta ainda que “a segurança dos jornalistas e a concentração da propriedade da mídia nas mãos de poucos, no entanto, continuam sendo os principais problemas”.

O relatório também lembra que muitos atos de violência contra jornalistas foram cometidos durante a onda de protestos que tomou as ruas do País. “Um relatório da Secretaria de Direitos Humanos em março de 2014 sobre a violência contra jornalistas enfatizou a participação das autoridades locais e condenou o papel da impunidade na sua repetição constante.”

Na América do Sul, o país mais bem localizado no ranking da liberdade de imprensa é o Uruguai, na 23.ª posição. Depois, antes do Brasil, aparecem Suriname (29.ª), Chile (43.ª), Argentina (57.ª), Guiana (62.ª), Peru (92.ª) e Bolívia (94.ª). Depois aparecem Equador (108.ª), Paraguai (109.ª), Colômbia (128.ª) e Venezuela (137.ª).

De acordo com a RSF, 69 jornalistas foram assassinados em todo o mundo em 2014, dez a menos do que em 2013. 

Em 2015, apenas em janeiro, 13 jornalistas foram mortos em crimes ligados diretamente a suas atividades profissionais: oito na França, funcionários do periódico Charlie Hebdo, e cinco no Sudão do Sul.


*Publicado por Danilo Macedo em http://agenciabrasil.ebc.com.br.
Edição: Jorge Wamburg. Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil.





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