A atriz Sandra Corveloni, que estréia em longas-metragens com o filme Linha de passe, conquistou a Palma de Ouro de Melhor Atriz no 61.º Festival de Cannes. O prêmio foi recebido pelos diretores Walter Salles e Daniela Thomas. Sandra Corveloni interpreta Cleuza, empregada doméstica que criou sozinha os quatro filhos e está grávida novamente de mais um pai desconhecido. (foto de Paula Prandini)
De Cannes, Walter Salles e Daniela Thomas comentaram a premiação: "Foi uma surpresa maravilhosa. Cleuza (a personagem de Sandra) foi o pilar da história, o ponto de intercessão de cada um dos destinos do filme e Sandra trouxe a ela densidade e ao mesmo tempo uma luminosidade que acabou se irradiando por todo o filme".
Sandra, que nasceu em São Paulo, em 1965, formou-se no curso de Teatro Avançado do TUCA-Teatro da PUCSP-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A seguir, entrou para o grupo Tapa, onde, além de atuar, é professora e assistente de direção. Seus principais trabalhos no teatro são As viúvas, de Arthur Azevedo, Contos de sedução, de Guy de Maupassant, e Órfãos de Jânio, de Millôr Fernandes.
No cinema, ela atuou nos curtas Flores ímpares (1992), de Sung Sfai, e Amor (1993), de José Roberto Torero. No teatro, seu próximo projeto é o espetáculo Amargo Siciliano, inspirado em contos de Luigi Pirandello, em que é assistente de direção de Eduardo Tolentino.
SINOPSE
São Paulo, 22 milhões de habitantes, 200 quilômetros de engarrafamentos, 300 mil motoboys. No coração da cidade em transe, quatro irmãos tentam se reinventar. Em Linha de passe, Reginaldo — o mais novo e único negro na família — procura seu pai obsessivamente. Dario sonha com uma carreira de jogador de futebol, mas, aos 18 anos, vê-se cada vez mais distante dela.
Dinho refugia-se na religião e o mais velho, Dênis, pai involuntário de um menino, enfrenta dificuldades para se manter. Sua mãe, Cleuza, empregada doméstica que criou sozinha os quatro filhos, está grávida novamente, de mais um pai desconhecido.
O futebol e as transformações religiosas pelas quais o Brasil passa, o exército de reserva de trabalhadores que alimenta a cidade, a questão da identidade e da ausência paterna estão no coração da história de Linha de passe — novo filme dos mesmos diretores de Terra estrangeira, Central do Brasil e Diários de motocicleta.
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