19 janeiro 2007

ORELHAS EM PÉ

A escola não ensina


Alguns (bons) conselhos, atribuídos ao notório criador da Microsoft, fazem a atenção voltar-se sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" tem criado uma geração que não é capaz de formular um conceito objetivo do que seja a "realidade", mostrando ainda como as pessoas vêm falhando em suas vidas posteriores aos anos escolares.

A situação imaginada seria uma sala de aula, em que Bill Gates falaria rapidamente para uma atenta platéia de alunos antes entediados e sem foco nas suas juvenis existências.

Ora, estamos sempre à caça de elementos sintéticos para traduzir em palavras os bons exemplos que possam ser ensinados aos que aí estão, debatendo-se na busca por um "lugar ao sol". Por tudo isso, pela memória dos nossos pais e em prol do "pé-no-chão" tão necessário aos nossos filhos e filhas (e até a muitos de nós mesmos!), transcrevemos a seguir em 11 breves itens os seus (sábios) supostos "ensinamentos", transmitidos naquela ocasião:

Regra 1 — A vida não é fácil: acostume-se com isso.

Regra 2 — O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo(a).

Regra 3 — Você não ganhará R$ 20 mil por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que tenha conseguido por si mesmo(a) comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4 — Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5 — Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós (e pais) têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de "oportunidade".

Regra 6 — Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7 — Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos". Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8 — Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas, você nem repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido(a), RUA !!! Portanto, faça tudo certo logo na primeira vez.

Regra 9 — A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o(a) ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10 — Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas TÊM que deixar o surfe, o bate-bola, o namoro, os videogames, o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

Regra 11 — Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma graaande probabilidade de você um belo dia vir a trabalhar PARA um deles.

Estes sutis "toques", atribuídos ao dono da maior fortuna pessoal do mundo e da Microsoft — a única empresa que enfrentou e venceu a Big Blue (IBM) desde a sua fundação em meados de 1900, a empresa que construiu o primeiro "cérebro-eletrônico" (computador) — têm com toda a certeza um valor que transcende qualquer abobrinha que você possa vir a formular (se você fosse capaz, porra, você seria o Bill Gates!).

Portanto, ponha-os em prática! E reflita: não é à-toa que o nome do cara é "gates" (portões): aprenda a passar por eles! Agradeça a Deus ter-lhe dado pais assim tão pacientes... E, por fim, se ligue, porque eles não vão estar aí para sempre.


SAIBA MAIS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bill_Gates

18 janeiro 2007

ÉPICO ORIENTAL

Porque ler o que é bom é preciso


Histórias em quadrinhos costumam ser vistas com certa reserva por leitores (ainda) não habituados a elas. Porém, são os mesmos leitores capazes de dedicar-se com avidez a calhamaços áridos, romances que se tornam best-sellers nas vitrines das livrarias. Ora, a esses "campeões de vendas" falta um apelo essencial para que se possam comparar a um álbum como O sétimo suspiro do samurai (Conrad Editora), de onde surge, em fantásticas imagens, a empolgante história de Toho Daisuke. O item capaz de trazer indizível prazer à sua leitura é justamente o encontro entre texto e ilustração, ausente em livros não quadrinizados. Portanto...

Os coloridos desenhos do francês Hugues Micol cativam o olhar e transportam o leitor a um universo de aventuras de sabor oriental que faz eco a contos clássicos da literatura universal. Espicaçando a curiosidade e deliciando os sentidos, apresenta a minuciosa saga deste jovem espadachim em busca da própria identidade, interagindo com personagens cuja existência só seria possível num Japão feudal situado entre os séculos XVII e XVIII.

O deleite total representado pela apreciação de sua obra rendeu a Micol em 2004 o prêmio de "Melhor Desenho" no Festival Internacional de Angoulême (França). Não obstante, Toho Daisuke deve ao roteirista Eric Adam a firmeza do seu caráter, a sinceridade das suas ações e a presteza da sua espada — atributos que o levam a conflitos terríveis e a ver sua irmã perder a vida, em cenas marcadas por cruel beleza e tensão.

O cotidiano não era nada fácil para esses guerreiros anônimos a serviço de senhores prepotentes e nem sempre justos, levando-os a transitar entre o Bem e o Mal para desvelar segredos macabros. Ao lutar com assassinos e enfrentar as forças da natureza no intento de descobrir quem foi realmente seu pai, Toho Daisuke conta com a ajuda de um monge desconhecido, autor de uma estranha previsão: antes de que o samurai possa dar o sétimo suspiro, deverá confrontar-se com o seu destino.

Numa bem-cuidada edição com capa cartonada e distribuição em livrarias e bancas de revistas, O sétimo suspiro do samurai garante entretenimento completo mesmo a quem habitualmente (ainda) não lê quadrinhos ou só aprecia games e a velocidade das mudanças em telinhas de computador ou celulares. E simboliza mais: pode ser o caminho seguro da iniciação para o mundo editorial que associa, com muita competência, traço e palavra. É só fazer a experiência — e a passagem.


SERVIÇO
O sétimo suspiro do samurai
Álbum colorido em quadrinhos de Eric Adam e Hugues Micol
Conrad Editora - 120 págs.
Preço médio: R$ 32, em bancas e livrarias


PARA COMPRAR
http://www.lojaconrad.com.br/Quadrinhos/index.asp?PaginaAtual=3&codigo_categoria=&nome_categoria=

17 janeiro 2007

TOQUES ESSENCIAIS

Na real, o que quero da vida?


Esta deveria ser a reflexão primordial, de todos nós, a cada início de ano. O tempo que perdemos desejando ser feliz, desejando ser um sucesso, desejando ... desejando ... é tão grande que quase não nos sobra tempo para vivermos aquilo que somos, a cada momento.

Para se alcançar a felicidade e o sucesso, primeiramente é necessário que você tenha uma clara noção de quem você é e de onde você quer chegar. Buscar, possuir ou proteger quaisquer coisas para fazê-lo(a) feliz não funcionam ... procure, ao invés, a felicidade onde você a perdeu.

Felicidade requer que você restaure a paz interior. Você não pode ser feliz sem paz interior. Não existe alegria sem paz interior. Se você tem qualquer preocupação, ansiedade ou falta de paz interior, você não pode ser feliz. Apegos tiram sua paz interior, expectativas perturbam a sua paz interior.

Nada tem que acontecer ou não acontecer para você ser feliz. Você re-direciona sua atenção para você mesmo(a), para o momento — e então está tudo certo. O caminho para obter a verdadeira satisfação na vida pode ser uma exploração sábia, honesta e consciente de seus próprios medos e desejos. Quando você percebe quem você está sendo e o que você acredita, sabe as respostas para suas dúvidas e ansiedades.

O “prêmio” — e ele é simples e único — é despertar para quem você realmente é e aprender a viver deliberadamente. Quando você sabe, a resposta é: não há perguntas. Totalmente vivo(a), totalmente consciente, desejando aquilo que se tem a cada momento — isto é o que realmente quero da vida!!!


AJUDAR
"Simplesmente seja tão feliz quanto puder. Não pense nos outros.
Se você estiver feliz, sua felicidade ajudará os outros.
Você não pode ajudar, mas sua felicidade pode."
(Osho)


*A.Ramyata é terapeuta renascedora e gente que busca, como todos, ser feliz — momento a momento.


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ramyata28@yahoo.com.br