06 fevereiro 2007

VOCAÇÃO SOCIAL

Todos pelo bem-estar


Com cerca de 50 milhões de associados (!), a YMCA — Young Men’s Christian Association, entre nós identificada como ACM-Associação Cristã de Moços — é uma entidade supranacional que põe em pauta criativo movimento social, ecumênico e não sectário, hoje presente em 122 países através de cerca de 14 mil sedes (!).

A YMCA, que ocupa uma cadeira no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da ONU, recebe o reconhecimento da comunidade mundial por constituir a maior rede de serviços voluntários do globo. Não é pouco.

Já no início do século XIX, enquanto se desenvolvia a Revolução Industrial nasceu a YMCA na Inglaterra, numa tentativa de promover o bem-estar da sociedade a partir de uma atenção especial dedicada à juventude.

Dadas as precárias condições de vida da época — em que não havia lazer, cuidar da saúde era tarefa árdua e a jornada de trabalho nas novas indústrias podia chegar a 16 horas, sem distinção de homens, mulheres ou crianças —, George Williams, preocupado com o futuro de sua geração, fundou a Young Men's Christian Association em 6 de junho de 1844, em Londres.

Promovendo reuniões de leitura dirigida de textos bíblicos, a fim de levar uma mensagem positiva aos jovens que se aglomeravam na cidade em busca de trabalho, Williams retirava-os das ruas e oferecia-lhes motivos para uma integração sadia.

A partir de 1851, quando a YMCA chegou aos EUA, os jovens receberam ainda maior incentivo, pois a instituição uniu os benefícios da prática esportiva ao desenvolvimento de valores do caráter e do espírito: foi então (muito bem) aproveitado o hoje famoso slogan em Latim Mens sana in corpore sano — ou Mente sã em corpo são.

No Brasil, a missão e a experiência da YMCA foram disseminadas pelo norte-americano Myron August Clark, que participou diretamente da fundação das sedes da ACM no Rio de Janeiro (1893), em Porto Alegre (1901), em São Paulo (1902) e em Recife, bem como instituiu a Aliança Brasileira das ACMs e fundou a ACM de Portugal.

Em 1903 criou-se a Federação Brasileira das Associações Cristãs de Moços, para congregar os movimentos nacionais e trabalhar pela unificação do discurso institucional, promover e solidificar parcerias de âmbito nacional e internacional, além de organizar a extensão e a expansão da instituição no País.

No mundo, a ACM constitui uma vasta rede que oferece assistência a comunidades em, por exemplo, países da África e Oriente Médio, permitindo ao mesmo tempo ao associado comum a prática de esportes e proporcionando também excursões, acampamentos, cursos, palestras e formação de líderes nas mais diversas localizações — como num incrível edifício localizado no Central Park, doado pela coroa espanhola para ser uma das sedes da YMCA New York -- a West Side.

Para completar, as ACMs estão abertas a pessoas de todas as raças, idades, habilidades, crenças religiosas e níveis econômicos, sem distinção.


Criação do basquetebol
Em 6 de Novembro de 1861, em Almonte, no Canadá, nasceu James A. Naishmith, o criador do basquetebol. O novo esporte tomou forma no ano de 1891, durante reunião anual dos professores do Springfield College em Massachusetts, nos EUA — o colégio que formava os professores que trabalhavam a serviço da YMCA.

Salientou-se na reunião o desinteresse crescente pelas aulas ministradas em ginásio, devido aos rigores do Inverno que impediam qualquer atividade ao ar livre, o que originava até problemas disciplinares com certo grupo de alunos.
Nesse contexto, e dado o entusiasmo crescente da juventude pelo atletismo e pelo futebol americano, largamente praticados na Primavera e no Verão, o diretor do Springfield, Luther Guleck, enviou a Massachusetts o professor de Educação Física James Naishmith, como encarregado de resolver o problema disciplinar e de achar uma solução para atrair o interesse dos alunos, que servisse ainda como ponto de partida para um programa de atividades práticas a ser adotado nas sedes da YMCA. Bem fácil, a missão...

Naishmith decidiu começar o novo jogo com a bola ao ar, entre dois jogadores, para evitar choques e empurrões. E optou pela bola redonda do futebol europeu, porque a bola de rugby convidava ao transporte, movimento que não seria permitido no novo jogo.

Stebbins, o superintendente do colégio, arranjou dois cestos de pêssegos, mais largos em cima do que em baixo. Naishmith pregou-os no balcão em cada uma das extremidades do ginásio do Springfield College, acima da cabeça dos jogadores, de modo que os defensores tivessem de ir ao encontro dos atacantes para impedir o arremesso da bola e escreveu um conjunto de 15 regras para o novo jogo. Sempre que a bola entrasse no cesto, os atacantes obteriam um ponto.

A primeira experiência foi bem recebida pelos alunos da “classe rebelde” e o novo jogo foi lançado como uma atividade que realmente interessava aos alunos. Depois das férias do Natal, um dos alunos, Frank Mahan, sugeriu o nome "basketball" — já que o novo jogo usava cestos e bola.

Por fim, Naishmith (foto) comunicou a Gulick que a tarefa estava terminada: o basketball fôra criado e a classe se encontrava disciplinada e interessada, havendo também uma nova atividade para as aulas de Educação Física na YMCA durante o Inverno.

Assim, o basquetebol surgiu em 1891 nos EUA, pela pertinácia de um professor de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Springfield — que só não supunha nem imaginava que a modalidade iria, em 50 anos, transformar-se num dos desportos mais praticados do mundo, inclusive nas Olímpiadas.

Por sua vez, o volleyball foi criado no dia 9 de fevereiro de 1895 pelo diretor de Educação Física da ACM de Massachusetts, William George Morgan. O futebol de salão — atual futsal — também nasceu na Associação Cristã de Moços, ou na década de 1930 em Montevidéu, Uruguai, ou na década de 1940 em São Paulo/SP.

Com muitas histórias tão ou mais interessantes que esta, temos hoje a centenária Federação Brasileira das ACMs, sediada na capital paulista, como integrante do CONANDA-Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, como entidade titular junto a parceiros como o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, a Fundação Fé e Alegria do Brasil, o Conselho Federal de Psicologia, a Inspetoria São João Bosco (Salesianos), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB–Pastoral do Menor, a União Brasileira de Educação e Ensino–UBEE (Maristas), a Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas–FENATIBREF, o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua–MNMMR, a Sociedade Brasileira de Pediatria–SBP, o Movimento Nacional de Direitos Humanos–MNDH, a Pastoral da Criança–CNBB, a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e a Central Única dos Trabalhadores–CUT.

Mais além, são entidades suplentes do CONANDA a Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude–ABMP, a Pontifícia Universitária Católica de São Paulo-PUCSP, a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente-ANCED, o Conselho Federal de Serviço Social–CFESS, a Federação Nacional das Apaes, a Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho, as Aldeias Infantis SOS do Brasil, o Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social-IBISS, a Visão Mundial Assembléia Espiritual Nacional dos Baha’is do Brasil, a Associação da Igreja Metodista, o Fundo Cristão para Crianças, Centro de Integração Empresa-Escola–CIEE/SP e o Congresso Nacional Afro-Brasileiro–CNAB.

Detalhe: com todo o seu currículo de atividades e apesar de presente desde o final do séc. XIX em várias cidades do Brasil, a Young Men's Christian Association (YMCA) ou Associação Cristã de Moços (ACM), como a conhecemos, ainda busca solo fértil para desembarcar e estabelecer-se adequadamente no Ceará (assim como no restante do Nordeste).

Enquanto isso, a Federação Brasileira das Associações Cristãs de Moços continua desenvolvendo ações com base num tema estabelecido em 2006, ou seja: “A Utopia da Inclusão: O Desafio do Milênio - Ano III”, que tem como subtemas: a) Responsabilidade Social, b) Sustentabilidade e Crescimento - Pacto Global, e c) Promoção da Resiliência.

Um novo componente já norteia os passos da Federação — o Planejamento Estratégico —, consubstanciado em três pilares: 1) Clareza de Missão, 2) Programas Transformadores, e 3) Viabilidade Financeira, que se reflete diretamente no trabalho protagonizado pelas diversas Comissões Nacionais.

A Federação dá também seguimento à implantação de metas que preveem acompanhar e participar das políticas que envolvem todo o programa de Meio Ambiente em operação no País e gestionar junto à Aliança Mundial das ACMs, no sentido de confirmar a realização de um Encontro Mundial de Meio Ambiente no Brasil.
MISSÃO DA ACM
“A Associação Cristã de Moços no Brasil é uma organização dirigida por voluntários e profissionais, que com base nos princípios do cristianismo está comprometida com o desenvolvimento integral de crianças, jovens, adultos e idosos. Busca através de programas de educação física, social, cultural e espiritual atender as necessidades e aspirações da comunidade sem fazer discriminação de crença, raça, sexo ou condição sócio-econômica, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”.

MERCADO EDITORIAL

Comemorando o début

Em 2007 a Editora Escala, um dos maiores grupos editoriais do País, comemora 15 anos de atuação promovendo uma série de atividades e ações que envolverão funcionários, colaboradores, parceiros, clientes e leitores. No mês de março — mês de sua fundação — haverá uma grande festa para celebrar a data. Desde janeiro, porém, algumas ações já estão acontecendo.

Um selo comemorativo foi criado e estará sendo estampado nas capas de todas as publicações, bem como na comunicação visual da empresa ao longo de todo o ano. Uma comissão interna foi constituída para planejar e organizar as diversas ações comemorativas. Fazem parte dela: Evelin Müller, diretora da Divisão de Customizadas e Projetos Especiais; Marco Barone, assessor de Imprensa; Otto Schmidt Júnior, gerente de Criação Publicitária; Paulo Afonso de Oliveira, assessor da Presidência; e Ritha Corrêa, gerente de Marketing. Fundado em março de 1992 pelo empresário Hercílio de Lourenzi, o Grupo Escala conta, além da Editora Escala, com a Escala Educacional, especializada em livros didáticos e paradidáticos; as gráficas Oceano e Anhanguera, que compõem um dos maiores e mais bem equipados parques gráficos da América Latina; a Escala Empresa de Comunicação Integrada; e a Comercial Cajamar, que atende os mercados de distribuição alternativa e de vendas de livros e revistas pelo sistema door-to-door.

Uma das principais marcas editoriais do Grupo é o didatismo na apresentação dos conteúdos e a prestação de serviços. Consolidando forte presença nas bancas em todo o Brasil, além de editar suas revistas em Portugal, México e em países da América do Sul, a Escala publica cerca de 150 edições mensalmente. Sua característica mais marcante é a de produzir revistas e outras publicações para públicos diversos , em vários segmentos.

“A Escala nasceu como alternativa e hoje está devidamente consolidada no mercado editorial. Teve como motivação inicial descobrir novos nichos e explorar, de forma eficiente e inovadora, os segmentos existentes. Assim suas revistas e livros atendem a diferentes públicos, o que fez com que a empresa não apenas crescesse, mas, sobretudo, se tornasse um dos principais grupos editoriais do País”, afirma o presidente Hercílio de Lourenzi.

Destaque entre as publicações da Editora Escala, a revista Visão Jurídica # 9 volta sua atenção para o cenário internacional. A matéria de capa traz um especial sobre o Direito nos EUA, país em cuja cultura o mundo todo se espelha. A publicação aponta as enormes diferenças entre o Judiciário norte-americano e o brasileiro. Além das leis, é abordada a própria formação dos bacharéis em Direito e dos juízes, com regras distintas das nossas.
Na entrevista do mês, o secretário de Reforma do Judiciário, Pierpaolo Bottini, à frente de um cargo desafiador, fala sobre os projetos que podem solucionar os problemas da Justiça, discute a politização do Poder Judiciário e defende que as vias extrajudiciais podem ser a saída para a morosidade que emperra os processos no Brasil. À revista, ele declara: “A reforma do Judiciário é um processo constante, não terá fim”.

Também nesta edição:
• No Enfoque do Mês, duas opiniões sobre o banco de talentos da OAB
Debate: progressão penal para os crimes hediondos
Carta Magna: entidades fazem um balanço das normas editadas pelos governos federais desde 1988
• Não há mais desculpas para evitar a contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais
Porque ler: o leitor resenha Recordações da casa dos mortos, de Dostoievski
Porque me tornei: o promotor de Justiça Damásio de Jesus conta sua história profissional
Páginas da História: um retrato das escolas jurídicas que fundamentaram o Direito contemporâneo
• Artigos assinados: Benedito Calheiros Bomfim, Luis Carlos da Rocha, Márcio Pestana, Pedro Risério da Silva, Renato Sócrates Gomes Pinto e Ricardo Miranda
• E mais: OAB pelo Brasil / Jurisprudência / Notas / Projeto no Congresso / Frases / Poder Judiciário / Biblioteca Jurídica.

A revista Visão Jurídica é direcionada especialmente à orientação de jovens advogados e estudantes em final de curso, constituindo uma fonte segura e periódica de atualização sobre leis, códigos, jurisprudências e doutrinas para todos os ramos do Direito.


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