19 julho 2010

DESMODELOS DE VIDA

Passeio socrático*


Outro dia, observava eu o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos dependurados em telefones celulares, mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que deviam.

Com certeza, já haviam tomado café-da-manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, muitos demonstravam um apetite voraz.

Aquilo me fez refletir: Qual dos dois modelos produz felicidade? O dos monges ou o dos executivos?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não; minha aula é à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir um pouco mais”.

“Não -- ela retrucou --, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, indaguei. “Aulas de inglês, balé, pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’”

A sociedade na qual vivemos constrói super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas muitos são emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram que, agora, mais importante que o QI (Quociente Intelectual), é a IE (Inteligência Emocional).

Pois é, não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma próspera cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem 60 academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.

Acho ótimo, vamos todos morrer esbelto(a)s: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade: tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse.

Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou de quadra!

Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais.

Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina: cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil -- com raras e honrosas exceções --, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é "entretenimento".

Domingo, então, é o dia nacional da imbecilidade coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!”.

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma su­gestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir!

O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo(a), começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.

Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade -- a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center.

É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer de uma cadeia transnacional de sanduíches saturados de gordura…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, que morreu no ano 399 antes de Cristo, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas.

Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”


*Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Ed. Rocco), entre outros livros

SAIBA MAIS
http://travessia21.blogspot.com/2008/06/eu-o-livro-homenagem-frei-betto.html


15 julho 2010

INTEGRAÇÃO QUÂNTICA

Como construir o amanhã?*


O que é sustentabilidade, em seu conceito geral?
Em primeiro lugar, o meu "olá" para os leitores deste site. O termo "sustentabilidade", uma palavrinha meio "na moda", tem um conceito muito maior que imaginamos nesses tempos de aquecimento global e muitas crises econômicas e sociais. Há quase 20 anos, a ONU afirmou que "desenvolvimento sustentável" é o "atendimento das necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação das necessidades das gerações futuras". O termo, que para muitos se refere apenas à gestão ambiental nas grandes empresas, tomou outras proporções ao também indicar uma gestão responsável não apenas do meio ambiente, mas com as pessoas e tudo o que se refere ao social. “Sustentabilidade” ganhou uma conotação muito mais holística no século XXI, adquirindo notoriedade como referência aos projetos ambientais das grandes organizações quando pressionadas pela sociedade a fazerem uma gestão sustentável sobre seus resíduos de produção, tornou-se um termo muito mais sistêmico e engloba não apenas a ecologia externa, mas também a ecologia interna, seja das pessoas, seja das empresas.

Como aplicar a sustentabilidade nas empresas modernas?
A consciência de uma empresa nasce em seus valores, que são os sustentáculos da cultura organizacional – o estilo de comunicação, o tipo de pessoas que recrutará e o padrão de liderança dos gestores. Por isso, para trabalharmos com o conceito de sustentabilidade temos primeiro que trabalhar com a cultura da empresa, seus valores, missão, visão. No meu livro Sustentabilidade nos Negócios - Valores, Comportamentos e Relações Humanas no Trabalho (Ed. Qualitymark), falo do uso dos valores humanos para a construção de uma empresa mais solidária e consciente, o que poderá ajudar a tornar a vida melhor na sociedade em que vivemos. Nisso, "sustentabilidade" passa a representar não apenas um modelo de gestão ecológica do meio ambiente, mas um modelo de gestão da ecologia interna que norteia as políticas de gestão de pessoas e suas estratégias de negócios. Existe um valor humano que considero ideal para a prática da gestão sustentável, que é a boa vontade. Este valor é uma das bases da mudança comportamental que devemos alcançar para termos sustentabilidades nas ações futuras. Boa vontade significa uma atitude de cooperação que transforma o amor em ação concreta. A boa vontade estimula a justiça e a honestidade nas pessoas, por isso é considerado um dos valores mais importantes para a sociedade humana contemporânea.

Sabemos que a liderança tem um papel fundamental no processo de conscientização para a sustentabilidade. Como os líderes das organizações que desejam aderir à sustentabilidade podem mobilizar os demais colaboradores para participar do processo?
Primeiramente, os líderes precisam se conscientizar da importância de uma gestão de pessoas sustentável, porque fazemos negócios com pessoas e para pessoas. Assim, a educação interna para uma mudança de valores é o princípio. Mesmo porque a visão sustentável não é uma técnica, é uma consciência. Segundo, para uma organização sobreviver e se desenvolver, necessita de inovações constantes para se revitalizar. O processo de revitalização acontece quando trabalhamos regularmente a cultura organizacional. Podemos revitalizar uma empresa mexendo em seus valores, alterando sua cultura. E como já disse antes, isso não é fácil porque sugere uma mudança de consciência. E todos nós sabemos da grande resistência para mudarmos. No entanto, valores como respeito ao próximo, compaixão, solidariedade, simplicidade, amor e tantos outros importantes para a boa convivência humana são fundamentais para a saúde biopsicossocial da empresa. Os líderes devem ser treinados para usar esses valores.

Qual o papel da comunicação nesse processo?

Nossa sociedade atual é baseada na informação, na comunicação de ideias. Mas informação não é formação. Dessa maneira, acho que a comunicação tem um grande desafio que é encontrar um modelo de informação mais substancial em tempos de urgências, onde as pessoas não mais leem e querem tudo muito rápido. Conscientizar as pessoas sobre a necessidade de um novo modelo econômico, social e ambiental que traga sustentação aos recursos naturais globais e qualidade de vida para todos no planeta é fundamental. Todo mundo sabe o quanto o modelo de produção das grandes empresas está sendo questionado nos últimos anos, em termo de “ecoeficiência”. Ou seja, a preocupação com questões como a emissão de menos poluentes, a redução da produção de lixo industrial, o menor gasto de energia, entre outras, é discutida em busca de soluções urgentes para a poluição que está ameaçando o planeta e as futuras gerações. A comunicação, seja em veículos da mídia ou internamente na empresa, é uma das principais ferramentas de conscientização das pessoas neste século, sobre todos estes assuntos.

Você considera que as organizações de hoje estão verdadeiramente voltadas para a importância da sustentabilidade, como diferencial no mercado?
Não. A maioria das empresas ainda não adotou verdadeiras práticas sustentáveis. Os projetos nessa área ainda são muito tímidos diante da urgência em nos encontramos. A maioria adota práticas superficiais, projetos para venderem sua imagem à sociedade. Existe muito mais propaganda do que verdade nos projetos que conheço. Claro que existem empresas conscientes e preocupadas com o meio ambiente, com as pessoas, com a sua comunidade. Mas, infelizmente, ainda são poucas… Acredito que ainda não existe a verdadeira consciência por parte das empresas por falta de uma mudança na mentalidade dos lideres em relação aos negócios. A urgência dos resultados financeiros, dos lucros, ainda impera. Mas agora não se trata mais de “marketing”, se trata de sobrevivência mesmo! Sobrevivência não apenas do planeta, mas dos negócios, afinal os consumidores estão cada vez mais antenados e exigentes quanto à responsabilidade das empresas em sua comunidade e com o meio ambiente. E em nossa sociedade da informação, ninguém esconde mais nada. Assim, atenção senhores gestores, sejam verdadeiros em seus discursos. O cliente não perdoa ser enganado!

Diante da grande demanda do mercado por empresas cada vez mais voltadas para práticas sustentáveis, o que as ações sustentáveis podem representar no resultado final das empresas?
Os resultados para uma empresa que tem uma visão sustentável são enormes! Creio que a prática sustentável já é um modo de vida, ainda não totalmente vivenciado por todos, mas a velocidade e a intensidade das mudanças ocorridas nos últimos anos são surpreendentes. Assim, embora as ações sustentáveis da maioria das empresas ainda sejam tímidas, elas estão procurando se adaptar ao mundo dos negócios globalizados e ecologicamente corretos, um cenário que exige uma visão competitiva aliada a um comportamento cooperativo. Essa realidade mostra a necessidade das empresas de buscarem formas criativas e alternativas de negociação para obterem lucratividade. Práticas de negociações ilícitas como as que detonaram a recente crise no mercado americano que varreu o globo não serão mais aceitas. Por isso já se fala muito em mudanças radicais no modelo econômico vigente.

Fazendo-se um comparativo com as organizações de países desenvolvidos, o marketing socioambiental no Brasil apresenta características agregadoras, independente da demanda do mercado, ou ainda é visto como ação corretiva para a ampliação de mercado das empresas?
O Brasil tem uma cultura agregadora. O pensamento de sustentabilidade nos negócios visa aliar o lucro com a responsabilidade social e ambiental. E para isso a atenção aos recursos humanos e naturais como forma de gerar lucro é o desafio das empresas que buscam prosperar e construir uma boa imagem para os seus clientes, sem deixar de serem responsáveis pelo futuro das próximas gerações. A questão agora é uma mudança verdadeira de consciência por parte das empresas, que no século passado foram mestras na produção de bens diversificados e criaram o marketing para incorporar fatores como preço, qualidade, serviços e inovação tecnológica ao consumidor, numa corrida maluca para ganhar o cliente. Essa mentalidade fortaleceu a cultura da competição extremamente agressiva e predatória, onde todos os valores morais foram postos em cheque, principalmente com o cuidado no trato com a vida, com as pessoas, com o planeta. A competição, centrada na lógica financeira de lucros crescentes, negou totalmente as conseqüências negativas para o meio ambiente, e, consequentemente, para a vida como um todo.

No seu livro você fala sobre a “desmassificação da produção de consumo”. O que isso significa e qual a influência da sustentabilidade nisso?
A transformação da mentalidade consumista de nossa sociedade é fundamental para colocarmos novamente a vida no centro de tudo. E isso é um paradoxo complexo, porque a nossa economia capitalista sobrevive do consumo: o que acontecerá com ela se pararmos de consumir? Esta pergunta também tem uma resposta complexa. Acho que tem a ver com a busca por um consumo com qualidade e não mais por quantidade. "Desmassificar" é uma nova consciência, de um consumo menos predatório. A solução é a mudança de valores gananciosos e totalmente voltados para o “ter mais dinheiro do que podemos gastar”. No livro, falo sobre o lucro acumulado pelas grandes empresas, que é exagerado e mal distribuído, fazendo do mundo um lugar desigual -- uns com muito, outros com tão pouco. Dessa forma, fazer uma empresa prosperar não é torná-la "a mais rica". Isso não passa de uma crença de que “quanto mais dinheiro tenho, mais forte serei”. A última crise econômica mundial provou que isso não é exatamente verdadeiro, afinal, as primeiras empresas a afundarem eram aparentemente ricas e sólidas! Acredito que desmassificar o consumo é a busca por algo mais intangível que os produtos comprados, como os valores humanos, o bem-estar social e a preservação do ambiente.

Geralmente vemos a aplicação de ações sustentáveis no ambiente externo
à empresa. E quanto ao ambiente interno, como a sustentabilidade pode ser aplicada?

O problema é que alguns empresários ainda fazem confusão com essa denominação. Eles acham que o termo "sustentabilidade" designa algo estanque, individualizado, do tipo "sustentabilidade econômica é gerar lucros", "sustentabilidade ambiental é proteger o meio ambiente" ou "sustentabilidade social é melhorar a vida das pessoas". Falta-lhes uma visão sistêmica. De um modo geral, podemos dizer que só é sustentável aquilo que se desenvolve contínua e sistemicamente. Por isso, uma gestão sistêmica é a base da Sustentabilidade Corporativa, uma vez que engloba vários aspectos do modelo de negócio a ser adotado, que vão do econômico ao social, do humano ao ambiental. É uma gestão sistemicamente integrada, onde as práticas da empresa compactuam com o planejamento estratégico, integrando objetivos, formas de produção, características dos produtos e relacionamento com todos os seus stakeholders.

Que dicas você daria para as pessoas que desejam levar o conceito de sustentabilidade para ser discutido e aplicado nas empresas onde trabalham?
Neste meu livro tem uma passagem onde falo que tudo é uma questão de valores internos e educação para a busca da paz, um sentimento que nos deixa solidário(a)s e capazes de usar a política de sustentabilidade: “Ao educarmos nossa mente e emoções para a tranquilidade, menos hostilidade, serenidade de espírito, harmonia interior e conciliação, estaremos nos educando para a paz. Esse processo pode começar no que alguns chamam de Pedagogia da Cooperação, uma prática baseada em três movimentos:
1. Convivência: vivenciar o compartilhar é fundamental para a aprendizagem social. É preciso entender o Outro para nos reconhecermos neste Outro;
2. Consciência: ao criarmos um clima de cumplicidade com os outros, podemos refletir sobre a importância da convivência e sobre as possibilidades de modificar nossos comportamentos e relacionamentos;
3. Transcendência: é a disposição para dialogar, decidir em consenso, experimentar as mudanças propostas e integrar nossa vida, que provoca as transformações interiores desejadas.
Na visão holística da vida, as evoluções ocorrem de dentro para fora, sempre do pequeno para o maior, ou do indivíduo para a sociedade. Assim, o processo de aprendizado de novos valores indispensáveis para um ambiente de cooperação e paz começa em nós mesmo(a)s. Da mesma forma que aprendemos a correr, a andar, falar, escrever, podemos aprender a cooperar. Mas esse aprendizado não é intelectual: somente praticando a cooperação em diferentes condições -- no cotidiano pessoal, grupal, social, profissional -- é que aprenderemos a nos relacionar de forma cooperativa. Essa é a verdadeira revolução no ambiente de trabalho.” (fim da passagem do livro).

E quais as dicas para que as pessoas apliquem a sustentabilidade em suas vidas particulares?
Para temos sustentabilidade na vida, temos que ter ações coerentes com a nossa missão pessoal. Dessa maneira, devemos nos conhecer melhor para podermos realmente alinhar o nosso Sentir aos nossos Pensar e Agir. Ou seja, normalmente nós sentimos de uma forma, pensamos de outra e agimos, muitas vezes, totalmente em desarmonia com o que sentimos e pensamos. Resolver isso é fundamental para trabalharmos o nosso todo de forma integral: corpo/mente/emoções/espírito. Olhar a vida de forma integral requer uma mudança de valores, pois isso nos traz a consciência que de que somos todo(a)s interligado(a)s, o que eu faço ao Outro retorna, de alguma forma, para mim. E aí não há nada de misticismo! É Física Quântica… Tá, eu sei que a maioria acha isso tudo uma bobagem, mas reconhecer a importância de um bom relacionamento é vital para a nossa natureza humana. Sempre afirmo que um relacionamento ético e afetivo é a base do equilíbrio para a nossa existência, e não apenas um ideal de vida: devemos nos espelhar nos grandes filósofos e pensadores, em Mestres da Humanidade como Cristo, Buda, Confúcio e muitos outros, que mostraram que a correta relação entre os seres humanos traz paz e saúde integral para todo(a)s -- as pessoas e o Planeta Terra.

*A psicoterapeuta, coach, palestrante e consultora em Desenvolvimento de Pessoas Isa Magalhães é formada em História, Psicologia Transpessoal e Coach pelo Integrated Coaching Institute, com pós-graduação em Gestão de Pessoas pela FIA / USP. Seu foco profissional inclui treinamentos comportamentais nas áreas do Autoconhecimento, Relacionamento Interpessoal, Criatividade, Negociação, Liderança e Motivação. Desenvolve projetos em RH Estratégico e Qualidade de Vida no Trabalho com a visão biopsicossocial nas organizações, tendo entre seus clientes empresas como Correios, Oi, SEBRAE, Petrobras, Porto Seguro e Avon, entre outras. Autora dos livros “Psiu, o síndico pode estar ouvindo" (contos) e “Manual de sobrevivência ao medo” (Ed. Universalista), “Gestão holística de pessoas – Qualidade de vida e bem-estar no trabalho” (Ed. Flora Nativa), além do volume acima citado, teve publicada esta sua entrevista inicialmente em www.pontomarketing.com

SAIBA MAIS
http://isamagalhaes.com.br