17 agosto 2006

EPISÓDIOS PARA SETEMBRO

Mais 11 super-heróis em ação


Virar gente grande pode ser difícil para uma criança, mas em Robotboy, que faz sua estréia no canal Cartoon Network, um andróide adolescente é criado por um cientista japonês para ser um robô guerreiro, porém com sentimentos e emoções humanas. É importante o herói não cair em mãos erradas e, por isso, ele vive com seu grande amigo Tommy.

Tommy Turnbull é um menino de 10 anos de idade, sensível e inteligente, que possui um grande segredo. Seu brinquedo favorito, guardado com cuidado em seu quarto, é um robô chamado Robotboy. Com um simples comando no seu relógio de pulso, Tommy consegue ativá-lo e colocá-lo em ação. Normalmente, Tommy anda com o brinquedo desativado, exceto quando está em perigo.

Quando acionado por Tommy, Robotboy torna-se um robô do tamanho de uma criança… grande, forte e guerreira. Se chamado para tirar seus amigos de uma situação de risco, Robotboy se revela um equipamento ultramoderno, pronto para o combate. No passado, Robotboy foi criado pelo Professor Moshimo para participar de um concurso de televisão de luta de robôs. Porém, o malvado doutor Kamikazi descobre a invenção do cientista japonês e tenta apoderar-se da máquina, a fim de dominar o mundo. Para protegê-lo, o Professor Moshimo entrega-o a Tommy, seu principal admirador. O menino deverá mantê-lo a salvo, com a ajuda de seus amigos Gus e Lola.

Para combater outros vilões, o Cartoon Network traz em setembro novos episódios de Ben 10, que continua surpreendendo com os poderes novos e espetaculares que ganha quando o Omnitrix o transforma em qualquer um dos dez heróis alienígenas.

A criançada poderá juntar-se a Ben, enquanto ele aprende a lidar com seus novos poderes: para começar, ele será obrigado a enfrentar três alienígenas caçadores de recompensas. E ainda conhece um mutante superlegal… ou será que ele não é tão legal assim? Ben também terá que superar o seu medo de palhaços. Mais que tudo, o garoto precisa adaptar-se ao Omnitrix, com todos os problemas que isso pode trazer, enquanto assume o papel de defender os inocentes.


SOBRE O CANAL
Cartoon Network para a América Latina é a rede de cabo e satélite da Turner Broadcasting System, Inc. que oferece 24 horas com animação da maior filmoteca mundial de desenhos animados, além de programas originais como As meninas superpoderosas, O laboratório de Dexter, Du, Dudu e Edu, KND – A turma do bairro, A mansão Foster para amigos imaginários, Hi Hi Puffy AmiYumi, O acampamento de Lazlo, A vida e aventuras de Juniper Lee, Meu amigo da escola é um macaco e Ben 10.

O Cartoon Network para a América Latina é a rede a cabo mais assistida da região, disponível em 19,2 milhões de lares. Lançada na América Latina em 30 de abril de 1993, a rede é transmitida em Português, Espanhol e Inglês.

ACESSE
www.cartoonnetwork.com.br


ASSISTA
Robotboy — sábados, às 11h30 (a partir de 2 de setembro)
Ben 10 — sextas, às 19h30 (a partir de 1.º de setembro)


É TEMPO DE INSTIGAR

Para um novo senso comum


Lançar os fundamentos de uma nova cultura política, que permita voltar a pensar e a querer a transformação social e emancipatória. Este é o objetivo central do livro A gramática do tempo: Para uma nova cultura política, do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos.

Editado no Brasil pela Cortez Editora, o livro trata da reconstrução da tensão entre regulação social e emancipação social como condição para o retorno ao que foi designado como “epistemologia do Sul” — um pensamento alternativo de alternativas.

Ante o colapso do contrato social da modernidade ocidental capitalista e colonial e a proliferação de fascismos sociais, é necessário reinventar a democracia, a cultura política e o próprio Estado. Como opção à democracia de baixa intensidade que hoje domina são propostas formas de democracia de alta intensidade, através das quais é possível expandir os espaços públicos, tanto estatais como não-estatais. Neste volume(*), as análises centram-se em articulações entre os espaços-tempo local, nacional e global: aqui se infiltram idéias articuladas em sistemas e redes.

Boaventura analisa, em especial, a complexa transição de uma "teoria crítica pós-moderna" para uma "teoria crítica pós-colonial". "É uma passagem complexa, porque nem sempre a segunda anula a primeira, nem qualquer delas responde adequadamente às passagens que continuo explorando. A minha crítica da modernidade ocidental — concebida quer como paradigma epistemológico, quer como paradigma sócio-cultural — nunca se identificou com as concepções pós-modernas dominantes entre os autores do Atlântico Norte. Nunca deixei que a crítica dos modos modernos de transgressão boicotasse a idéia de transgressão. Nunca perdi de vista que a desconstrução da modernidade e da crítica moderna da modernidade não deveria envolver a desconstrução da aspiração a uma sociedade mais justa e mais solidária, e muito menos o desarme das lutas de resistência contra a injustiça e a opressão", explica o autor.

Pelo contrário, foi o rearme, não o desarme, o que moveu o seu trabalho teórico, crítico e analítico e, daí, a sua caracterização do tempo de transição que vivemos: confrontamos problemas modernos (igualdade, liberdade, fraternidade, paz) para os quais não há soluções modernas, dadas as inadequações reveladas pelo liberalismo, o progresso, o marxismo, a revolução e o reformismo. Seja como for, o autor recusa-se a ter uma concepção pós-moderna da pós-modernidade. E caracteriza sua posição como o pós-modernismo de oposição, uma designação que confronta o que denominou pós-modernismo celebratório, "a posição daqueles que passaram da crítica das concepções modernas de transformação social emancipatória ao abandono da própria idéia de emancipação social", complementa.


SOBRE O AUTOR
Boaventura de Sousa Santos, nascido em Coimbra, é doutor em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973), professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison, diretor do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, além de diretor do Centro de Documentação 25 de Abril daquela instituição. Recebeu o Prêmio de Ensaio Pen Club Português (1994), Prêmio Gulbenkian de Ciência (1996), Prêmio Bordalo da Imprensa – Ciências (1997), Prêmio Jabuti – Área de Ciências Humanas e Educação (Brasil, 2001), Prêmio Euclides da Cunha da União Brasileira de Escritores (Rio de Janeiro, 2004), Prêmio “Reconocimiento al Mérito”, da Universidade Veracruzana (México, 2005), e Prêmio de Ensaio Ezequiel Colômbia Estrada da Casa de las Américas (Cuba, 2006).


LIVROS PUBLICADOS (seleção)
Um discurso sobre as ciências, Porto, Afrontamento, 1988 (14.ª edição), publicado pela Editora Cortez, São Paulo, 2003 (4ª edição); Introdução a uma ciência pós-moderna, Porto, Afrontamento, 1989 (6.ª edição), publicado por Graal, São Paulo (3.ª edição); Estado e sociedade em Portugal (1974-1988), Porto, Afrontamento, 1990 (3.ª edição); Pela mão de Alice: O social e o político na pós-modernidade, Porto, Afrontamento, 1994 (8.ª edição), publicado pela Editora Cortez, 1995 (10.ª edição) e na Colômbia, Ediciones Uniandes (1998); Toward a new common sense: Law, science and politics in the paradigmatic transition, New York, Routledge, 1995; Os tribunais nas sociedades contemporâneas: O caso português (org.), Porto, Afrontamento, 1996; La globalización o el derecho: los nuevos caminos de la regulación y la emancipación, Colômbia, ILSA, Ediciones Universidad Nacional de Colombia, 1998; e Reinventar a democracia, Lisboa, Gradiva, 1998 .

(*) O volume A gramática do tempo: Para uma nova cultura política é o quarto da obra “Para um novo senso comum: A ciência, o direito e a política na transição paradigmática”, publicada originalmente em inglês, Toward a new common sense: Law, science and politics in the paradigmatic transition (New York, Routledge, 1995), e amplia profundamente a reflexão aí apresentada. O objetivo desta obra é desenvolver epistemologias e teorias sociais que travem a proliferação da razão cínica, que alimentem o inconformismo contra a injustiça e a opressão e, por fim, que permitam reinventar os caminhos da emancipação social. Os demais volumes são: A crítica da razão indolente: Contra o desperdício da experiência; O direito da rua: Ordem e desordem nas sociedades subalternas; e Os trabalhos de Atlas: Regulação e emancipação na Redopolis.


SOBRE A EDITORA E O MERCADO EDITORIAL
  • Atuação no mercado:
    Fundada em 1980 (originou-se da Cortez & Morais, antes localizada atrás da PUCSP), a Cortez Editora tem em catálogo cerca de 800 títulos nas áreas de Educação, Serviço Social, Sociologia, Meio Ambiente, Lingüística, Psicologia, Fonoaudiologia e Literatura Infanto-juvenil. Seu público-alvo central compõe-se de alunos e professores universitários, pesquisadores e interessados nas Ciências Humanas, além de alunos até 14 anos de escolas públicas e privadas.
  • Principais títulos:
    Aqui figuram A importância do ato de ler de Paulo Freire e Metodologia do trabalho cientifico de Antonio Joaquim Severino (mais de 250 mil exemplares vendidos) e, mais recentemente, na área de Literatura Infanto-juvenil, o livro Na minha escola todo mundo é igual, de Rossana Ramos (mais de 30 mil exemplares vendidos).
  • Projeto Nossa Capital:
    A coleção Nossa Capital conta com três livros — São Paulo: De colina a cidade; Fortaleza: De dunas andantes a cidade banhada de sol; e Natal: A noiva do sol —, lança mais dois na Bienal Internacional do Livro de Fortaleza que ocorre este mês, focalizando Brasília e Curitiba e, ainda em 2006, a elas juntar-se-ão Recife, Vitória, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e Manaus. A Coleção deverá estar completa até o final de 2007. A idéia principal é fazer com que professores e alunos comecem a ver sua cidade de outro ângulo, desenvolvendo uma noção de cidadania.
  • Mercado externo:
    Desde 1998, através de projeto direcionado ao mercado de língua espanhola, a Cortez Editora publicou 12 títulos na área de Serviços Social (Biblioteca Latinoamericana de Servicio Social) e 14 títulos na área Infanto-juvenil. As oportunidades de negócios, sejam em que área for, devem levar em conta a globalização e as oportunidades de abertura proporcionadas pelo mercado.
  • Preço do livro impresso:
    Há relação direta entre o preço do livro e o poder aquisitivo da população em geral. Uma das alternativas para a solução deste impasse seria um amplo projeto de reestruturação e manutenção de acervos de bibliotecas — especialmente de Universidades públicas e privadas. Tal ação possibilitaria (no caso do segmento de livros técnicos e científicos) um aumento direto do número de leitores e um aumento das tiragens, possibilitando (a médio e longo prazos) uma queda nos preços de livros. Projeto semelhante, se adotado para as bibliotecas públicas escolares e comunitárias, favoreceria outro segmento de leitores.
  • O leitor:
    Não importa o que o leitor leia, o importante é que leia algo! Dessa forma, o não-leitor poderá ter a chance de iniciar seu processo de construção da leitura. O best-seller, por exemplo, faz com que o leitor seja convidado a entrar numa livraria ou comprar o exemplar em um supermercado ou farmácia. Este tipo de literatura traz uma situação importante para o mercado editorial como um todo, pois contribui para que o livro, nesses casos, seja "desejado" pelo leitor.
  • PNLL-Plano Nacional do Livro e Leitura (http://www.pnll.gov.br) e algumas isenções importantes:
    O PNLL Vivaleitura tornou-se um dos principais canais para discutir o tema "leitura". É muito importante que continue. A desoneração do PIS e Cofins foi fundamental para o mercado editorial e sua cadeia produtiva e distributiva, já que beneficiou principalmente distribuidores e livreiros.
  • Desaparecimento do livro impresso:
    Não acredito no desaparecimento do livro impresso. Todavia, haverá uma readequação, com o advento de novas tecnologias que possibilitarão que mais leitores sejam incorporados, pois o livro — seja qual for seu formato — estará mais acessível e disponível.

por Jose Xavier Cortez (diretor)


SERVIÇO
A gramática do tempo: Para uma nova cultura política, 512 páginas, R$ 59,00
Autor: Boaventura de Sousa Santos
Cortez Editora — Rua Bartira, 317 – Perdizes
05009-000 — São Paulo/SP — Tel.: (11) 3864-0111
cortez@cortezeditora.com.br
www.cortezeditora.com.br