27 fevereiro 2012

FORTALEZA 300 ANOS

Conforto e segurança para todos*



A ideia de "projeto" está relacionada a algo porvindouro, ainda não realizado, mas desejável. Vocábulo de origem latina, significa "lançar-se à frente". Por outro lado, "desenho" refere-se a "desígnio", "destino", "vontade", "intenção". 
Deste modo, pode-se qualificá-los como dois substantivos continentes de invenção de futuro, a qual será consequente quando se destinar à construção do presente. Portanto, um projeto para uma cidade é uma busca de futuro, de um destino para ser construído no presente em permanente mutação.
Por exemplo, um plano para Fortaleza requer um projeto de destino para a cidade, uma cidade lançada à frente, uma cidade intencional que supere sua condição histórica de cidade acidental e seja capaz de aprofundar as tantas mudanças positivas e superar as inúmeras questões que dificultam o seu desenvolvimento socioeconômico e cultural.
Há oportunidades e desafios suficientes para riscarmos o destino de uma cidade que concentra 65% da riqueza e 30% da população do Ceará; que ocupa a posição de terceira metrópole do País em influência regional, atraindo anualmente mais de 20 milhões de pessoas que desejam ser atendidas quanto aos seus interesses e necessidades, segundo pesquisa do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Assim sendo, Fortaleza é uma cidade que concentra espacial e crescentemente a maioria dos problemas sociais do Estado do qual é a capital.
A eleição de 2012 é uma possibilidade ímpar para que os sujeitos políticos e sociais que representam setor público, iniciativa privada e sociedade civil se mobilizem, dialoguem e pactuem uma agenda inovadora de natureza socioeconômica, cultural, político-administrativa e de infraestrutura, que designe as políticas de habitar, trabalhar, divertir-se e circular na capital do Ceará com conforto e segurança para todos.
Uma agenda com programas, projetos, ações e metas que possam ser implantados até 2026, garantindo a Fortaleza melhores condições de vida efetivas, quando completará 300 anos.
*Joaquim Cartaxo é arquiteto, Mestre em Planejamento
Urbano e Regional e vice-presidente do PT-CE
cartaxo@hurb.com.br 
(
Imagem em 
http://dialogospoliticos.wordpress.com)


17 fevereiro 2012

"GENE DA MIGRAÇÃO"

Quem procura novidade 
pode achar... felicidade*

Amantes de novidades são propensos a terem o "gene da migração"
Você toma decisões rapidamente, com base em informações incompletas? Perde a paciência num instante? Facilmente se entedia?

Estas são perguntas usadas para mensurar o impulso da busca por novidades — um traço de caráter tradicionalmente associado a problemas como o deficit de atenção, a compulsão por jogos de azar e o comportamento criminoso.

Agora, os pesquisadores acham que ele pode ser crucial também como prenúncio de bem-estar. "A busca por novidades é um dos traços que mantêm você saudável e feliz, e que com a idade promove o crescimento da personalidade", diz o psiquiatra C. Robert Cloninger, que desenvolveu testes de personalidade para medir essa característica.
"Se você combinar esse espírito aventureiro e essa curiosidade com a persistência e a noção de que nem tudo gira em torno de você, aí você tem o tipo de criatividade que beneficia a sociedade como um todo", explicou o especialista.

Os fãs dessa característica estão chamando-a de "neofilia". Em seu novo livro, New: Understanding our Need for Novelty and Change (O novo: compreendendo a nossa necessidade de novidade e mudança), a jornalista Winifred Gallagher afirma que a neofilia é uma habilidade útil para a sobrevivência, e humana por excelência.
Os neófilos são mais propensos a terem um "gene da migração", uma mutação ocorrida há cerca de 50 mil anos, quando os humanos se dispersaram pelo mundo a partir da África, segundo o bioquímico Robert Moyzis, da Universidade da Califórnia, Irvine.

As mutações são mais comuns nas populações mais afastadas, como as tribos indígenas da América do Sul que descendem de neófilos que cruzaram o estreito de Bering.
Os pesquisadores já descobriram que o interesse por novidades também depende da criação, da cultura e do estágio da vida de cada pessoa. Segundo algumas estimativas, a ânsia por novidades decresce entre os 20 e os 60 anos.

Cloninger, professor de psiquiatria e genética na Universidade Washington, no Missouri, monitorou as pessoas com um teste de personalidade que ele desenvolveu há duas décadas. Ele descobriu que três características são essenciais para um temperamento feliz: busca por novidades, persistência e "autotranscendência".
"Pessoas com persistência tendem a ser realizadoras, porque continuam trabalhando em alguma coisa mesmo sem recompensa imediata", diz Cloninger.

"Elas pensam: 'Não ganhei desta vez, mas da próxima vez ganho'. Mas e se as condições tiverem mudado? Aí é melhor tentar algo novo. Para ter sucesso, é bom regular seus impulsos, mas também ter imaginação para ver como seria o futuro se você tentasse algo novo."
A outra característica do trio, a autotranscendência, dá às pessoas uma perspectiva mais ampla. "É a capacidade de se perder no tempo fazendo o que você gosta de fazer, de sentir uma conexão com a natureza, a humanidade e o universo", diz Cloninger.

"Ela às vezes é encontrada em pessoas desorganizadas, que são imaturas, creem demais na força do pensamento e sonham acordadas, mas, quando combinada com a persistência e a busca por novidades, ela leva ao crescimento pessoal e lhe permite equilibrar suas necessidades com as das pessoas ao seu redor."

Mas a ânsia por novidades também pode fazer você se perder. "A neofilia nos estimula a ajustar, explorar e criar tecnologia e arte, mas no seu extremo pode alimentar uma distração e um desassossego crônicos", afirma Gallagher.
Ela e Cloninger aconselham os neófilos a serem seletivos. "Não seja amplo e raso em trivialidades inúteis", diz Gallagher. "Use a sua neofilia para ir fundo em assuntos que sejam importantes para você."

*John Tierney escreve no New York Times.
Imagem em  
http://gizmodo.com/neophilia

13 fevereiro 2012

TOMANDO DECISÕES

Fixar prazos evita adiar prazeres
da vida, aconselham especialistas*



De uma vez por todas, cientistas sociais descobriram uma falha na psique humana que não será tediosa de corrigir. Você pode nem precisar de um grupo de apoio. Você pode até tentar por conta própria, começando com esta simples resolução de Ano Novo: divirta-se... agora!

Em seguida, você só precisa da força para descontar seus vale-presentes, beber aquela garrafa especial de vinho, resgatar suas milhas aéreas e tirar aquelas férias que você sempre prometeu a si mesmo. Caso sua determinação enfraqueça, não sucumba à culpa ou à vergonha. Reconheça quem você é: um procrastinador de prazer em recuperação.

Parece estranho, mas na verdade essa é uma forma de procrastinação bastante disseminada -- pergunte às linhas aéreas e outros comerciantes que economizam bilhões de dólares anualmente com certificados de compra não resgatados. Ou aos poetas que continuam produzindo exortações a aproveitar o dia colhendo botões de rosas.

Mas levou um tempo para psicólogos e economistas comportamentais analisarem essa condição. Agora eles começaram a explorar o estranho impulso de deixar para amanhã o que poderia ser aproveitado hoje.

Por que, por exemplo, é tão difícil encontrar tempo para visitar marcos históricos em seu próprio quintal? Pessoas que se mudaram para Chicago, Dallas e Londres visitam menos marcos históricos locais ao longo de seu primeiro ano do que o turista médio visita numa estada de duas semanas, segundo um estudo conduzido por Suzanne B. Shu e Ayelet Gneezy, professores de marketing na Universidade da Califórnia, respectivamente em Los Angeles e em San Diego.

Os habitantes de Chicago no estudo visitaram mais marcos em outras cidades do que na sua, e mesmo sua quantidade relativamente pequena de turismo era feita basicamente para entreter visitantes de fora. Fora isso, o único momento em que os moradores de Chicago corriam para ver os marcos locais era quando estava prestes a se mudar para outra cidade, quando o prazo final inspirava paixões repentinas por passeios arquiteturais e visitas a museus.

Sem prazo
Quando não há prazos imediatos, somos suscetíveis a adiar uma ida ao zoológico neste final de semana porque deduzimos que estaremos menos ocupados no próximo -- ou no seguinte, ou no próximo verão. Esse é o mesmo tipo de pensamento que nos faz guardar o vale-presente no armário porque esperamos ter mais tempo para compras no futuro.

Estamos tentando fazer uma análise de custo-benefício do tempo versus o prazer ou o dinheiro a ser ganho, mas não somos precisos em nossas estimativas de "negligência de recursos", como é definido por Gal Zauberman e John G. Lynch. Estes economistas comportamentais descobriram que, quando as pessoas tinham de prever quanto dinheiro e tempo adicionais teriam no futuro, elas realisticamente supunham que o dinheiro seria curto -- mas esperavam que tempo livre se materializasse magicamente.

Portanto, você tem maiores chances de concordar com um compromisso no próximo ano, como fazer um discurso, que você recusaria caso tivesse de encontrar tempo para ele no próximo mês. Isso produz o que os pesquisadores chamam de efeito "Sim... Droga!": quando chega a hora do discurso no ano seguinte, você descobre amargamente que ainda está ocupado como nunca.

Shu e Gneezy demonstraram outro efeito dessa falácia, distribuindo vale-presentes para troca por ingressos de cinema e bolos franceses. Algumas pessoas receberam certificados que expiravam em duas ou três semanas; outros valiam por seis a oito semanas.

As pessoas que receberam os certificados de validade mais longa ficaram mais confiantes de que resgatariam os presentes -- uma suposição bastante lógica, dado todo o tempo adicional de que dispunham. Todavia, eles simplesmente ficaram adiando, e acabaram ficando mais inclinados a deixar de resgatar os presentes do que as pessoas com os certificados de curto prazo.

Perturbador
Uma vez que você começa a procrastinar o prazer, isso pode se tornar um processo autoperpetuador caso você se fixe em algum nirvana imaginado. Quanto mais você espera para abrir aquela garrafa de vinho premiada, mais especial tem de ser a ocasião.

Se está determinado a obter o máximo absoluto daquelas milhas aéreas, você pode acabar desperdiçando-as, como Shu descobriu num experimento oferecendo às pessoas uma chance de usar cupons de desconto na compra de uma série de passagens de avião. Quando os sujeitos eram informados de que teriam uma chance de um voo grátis valendo mil dólares, eles desprezaram prêmios de menor valor e se agarraram a seus cupons por tanto tempo que, no fim, tiveram de usá-los para voos muito mais baratos.

"As pessoas podem se tornar exageradamente focadas num ideal", disse Shu. "Mesmo quando sabem que é improvável, elas ficam tão focadas no cenário perfeito que bloqueiam todo o resto. Ou elas preveem que irão se lamentar mais tarde, caso aceitem a segunda melhor opção para perceberem que a melhor ainda está disponível. Mas essas pessoas não percebem que o arrependimento serve aos dois lados. Elas terminarão com algo pior e se arrependerão de não terem aceitado a segunda melhor".

Soluções
Porém, mesmo se você conhece toda essa pesquisa, como aplicar essas lições? Como você pode evitar a tentação de postergar o prazer?

Uma estratégia imediata, segundo Shu, é trocar rapidamente quaisquer vale-presentes recebidos nessa temporada de festas. "O maior perigo é eles serem esquecidos e expirarem", disse ela. "Um dos melhores presentes que você pode dar a quem lhe presenteou é usá-lo rapidamente, e então dizer a ele o quanto você gostou. O arrependimento por não usar o presente será maior do que o arrependimento de usá-lo numa ocasião imperfeita, para você e especialmente para a pessoa que o deu".

Outra tática é definir prazos para si mesmo. Resgate as milhas até o verão, mesmo que você não possa sair numa volta ao mundo com elas. Em vez de esperar por uma ocasião especial para se entregar, crie uma. Shu cita positivamente o pioneiro trabalho terapêutico de Dorothy J. Gaiter e John Brecher, que, durante a década passada, usaram sua coluna sobre vinhos no Wall Street Journal para proclamar o último sábado de fevereiro como "Noite do Abra Aquele Vinho".

Mas você não precisa esperar até 27 de fevereiro. Lembre-se do conselho oferecido no filme Sideways ao personagem Miles, que guardava uma garrafa de Cheval Blanc 1961 há tanto tempo que o vinho já corria o risco de estragar. Quando Miles diz estar esperando por uma ocasião especial, sua amiga Maya coloca a questão em perspectiva: "O dia em que você abrir um Cheval Blanc de 1961, essa é a ocasião especial".

*John Tierney, do New York Times.

07 fevereiro 2012

RECEITA FUNDAMENTAL

Sexo, dinheiro e sucesso? Só lendo!*

Você é jovem? Mora no Brasil? Está lendo este artigo numa boa, sem soletrar palavra por palavra? Já leu mais de um livro inteirinho este ano? E, finalmente, entendeu tudo o que estava escrito no livro? Respondeu "sim" a estas perguntinhas?


Ufa! Que bom, parabéns, posso, então, ir direto ao ponto: primeiro, você faz parte de uma elite.


Segundo, você está com a faca e o queijo para conquistar tudo o que quiser na vida.


Terceiro, você precisa ler mais, muito mais.


Agora, antes que você pare de ler isto aqui, por achar que estou gozando com a sua cara, relaxe que eu explico.


O Brasil faz parte de uma lista horrorosa dos 12 países com mais analfabetos entre os 14 e os 21 anos. Pior que nós, apenas Paquistão, Indonésia, Nigéria e Etiópia — que raramente aparecem em boas notícias nos jornais.


Ah, você já sabia disto por que lê jornais também? 


Nesse caso, você é minoria superespecial mesmo: apenas 1 entre 100 mil jovens brasileiros dão uma espiada em jornais regularmente.  


E o restante, faz o quê? Exatamente: assiste televisão (não o noticiário, claro), ouve rádio (só os programas com músicas e brincadeirinhas para idiotas) ou fica caçando mulher pelada na internet.


Ainda está lendo este texto, e compreendendo tim-tim por tim-tim?


Então encha o peito de orgulho: você está fora de uma lista ainda mais nojenta que aquela lá de cima.


A UNESCO faz um teste que avalia alunos de 15 anos em 40 países sobre compreensão da linguagem escrita. Um teste mamata: ler uma historinha de poucas linhas e depois dizer o que entendeu. É bom lembrar que os testados têm, no mínimo, oito anos de bumbum na carteira da sala de aula.


Na grande avaliação deste ano, adivinhe quem tirou o último lugar? Coisa chata mesmo, bró: o adolescente brasileiro ficou com o troféu de mais burro do mundo.


Não disse que você era minoria das minorias?


Mas, sem querer pentelhar e já pentelhando, como diria o intelectual Chaves da televisão: existem quilômetros de livros para você devorar depois que entrar na facú, se quiser continuar fora da manada e não levar uma vida de gado.


Bastaria uma única providência: você não ser folgado lendo apenas trechinhos xerocados dos livros para passar nas provas. E seu professor tomar vergonha na cara e parar de fazer as famigeradas pastinhas para xerocar.


Isso está mais em suas mãos do que nas das faculdades, afinal já existem mais faculdades que saúvas no Brasil e boa parte é só caça-níqueis mesmo. Pense bem: já que são boas as chances de você sair com um canudo que o mercado de trabalho não respeita, que ao menos sua cabeça saia cheia da cultura maravilhosa dos livros.


Uma última tarracada na moleira: pesquisa recente indica que mais de 60% das professoras do ensino público, fundamental e médio, não possuem o hábito de ler jornais. Se alguém não se interessa nem por ler jornais, muito menos se ligará em um livro que, em geral, tem muito mais letrinhas impressas e exige mais raciocínio do que a última notícia sobre a boazuda do BBB. Você acha que elas irão incentivar a leitura em seus alunos?


Bem, o "titio" Ulisses já mordeu demais, mas agora assopra.


Vou, em poucas linhas, provar que, lendo bastante, você poderá ter rapidamente as 3 coisas que em geral jovens saudáveis e antenados desejam. Preparado? Então raciocine junto comigo:


SEXO! De maneira bem realista, se você é gêmeo do Gianecchini, clone do Brad Pitt ou até mesmo um rústico Alexandre Frota, esqueça o que vou dizer. Cabeças de anta em corpos de cisnes conseguem sexo (ficar, namorar ou qualquer variante) sem precisar ler nem o Pato Donald. Idem para as garotas. 


Mas sem uma boa dose de criatividade, imaginação e informação, não há cantada que resista. Seja ao vivo, nas baladas, ou nos chats. Aliás, escrever errado nos chats de paquera, ou na praga dos blogs (quem não tem um atualmente?), é pedir para ser deletado.


E só quem lê muito desenvolve a criatividade, amplia a imaginação e fica bem informado.


Quem só repete o que assistiu nas mesas-redondas sobre futebol, nem bêbado de boteco aguenta.


E uma cartinha bem escrita? Um poeminha inspirado e exclusivo para a musa ou muso, hein? Hein? Deu certo com o Cyrano de Bergerac (personagem do Victor Hugo), e olha que ele certamente era mais feio, narigudo, desengonçado e tímido que você.


Se sempre deu certo comigo também, que sou o próprio cão chupando manga, e ainda por cima velhinho e durango, imagine com você, que é jovem e esperto.


DINHEIRO! Adivinhei seu pensamento? Como é que você vai ler bastante para ganhar dinheiro no futuro, se lhe falta dinheiro para comprar livros no presente?


Falso dilema. As bibliotecas estão em toda parte, e você vai ver que barato, literalmente, é ir a uma delas sem a obrigação de fazer pesquisa escolar.


Faça pesquisa pessoal — isso sim, é muito bom! Leia o que gosta, o que interessa, por prazer de adquirir conhecimentos.


Ou vá pela Internet. A biblioteca do mundo está dentro dela, a um clique. E, para quem ainda não tem computador, uma hora de web em cafés virtuais, por exemplo, custa menos do que um cafezinho de coador.


Vou te dar um estímulo e tanto para você incluir a leitura imediatamente em sua formação profissional: quem não passa nas entrevistas dinâmicas que as empresas realizam hoje em dia é quem não lê. Nenhum empregador é besta de contratar outra besta. 

E mais: você já assistiu a algum daqueles programas O Aprendiz? Os selecionados para participar, todos, vieram de faculdades que receberam a trista nota "F" do Provão. Como é que eram tão competitivos, vindo de facús fundo-de-quintal?


Porque eram moços e moças que sabiam falar bem, se expressar com clareza — e isso só se obtém lendo muito.


Compare com os políticos, empresários, tesoureiros, aos quais você também assistiu recentemente depondo nas COIs do Congresso. Até os que tinham o título de "professor" tropeçavam nas frases, falavam errado pra caramba. 

Se não eram corruptos, ficou provado que não eram chegados na leitura e, quando professores, devem ter se formado num bordel, nunca numa escola decente.

Mas e o Lula?

É a exceção que confirma a regra! Ganhou prestígio, dinheiro, mas seus assessores ficam malucos, porque ele se recusa a ler qualquer documento com mais de duas páginas.


E, como ele mesmo tem afirmado, nunca sabe de nada.


SUCESSO! Para ser bem-sucedido, você não precisa, necessariamente, ter sexo, dinheiro e... sucesso em alta escala. Não precisa ser o "número um", a vida real não é assim.


Mas se você fizer a lição de casa direitinho, ou seja, lendo muito e lendo sempre, estará sempre sendo muito bem-sucedido.

Nas empresas, as promoções vão para os que tomam mais iniciativas e têm uma visão macro (para o mercado) e micro (para a empresa), desde o office-boy ao gerente.


Hoje não é só o diploma que conta pontos. Contam a sua inteligência, a sua cultura, a sua versatilidade etc.


Se você não é filho do dono da empresa nem nasceu com o rabo pra lua, os livros serão as suas verdadeiras universidades e cursos de aprimoramento profissional.


No dia a dia, os livros podem ajudar você a entender de culinária, de cuidar dos seus filhos e até de informática. 

Mesmo quando não ensina nada objetivamente, todo livro é um manual de auto-ajuda (ou você acha pouco espiar a alma feminina e a aflição masculina por dentro?).


Há algum tempo o Bill Gates, sim, apenas o homem mais bem-sucedido pelos padrões da sociedade materialista, deu uma palestra a jovens estudantes, de alguns minutos apenas, com um único conselho: “Respeite aquele CDF da sua escola, que vive com a cabeça enterrada nos livros. É certo que ele será o seu patrão no futuro.”


E o Dalai Lama, o homem mais bem-sucedido pelos padrões da sociedade espiritualista, resume sua dica a: “Antes de ser seu próprio Mestre, ouça, leia os outros Mestres”.


Sim, estude, estude sem preguiça. 

Estudar, meu bró, vem do Latim e nada mais significa do que ler




*Ulisses Tavares  é professor, escritor, dramaturgo, compositor,
roteirista, poeta, publicitário, jornalista, treinador de executivos
em criatividade, consultor de marketing e web business e, se
não fosse um leitor voraz, seria apenas mais um zé mané