11 maio 2006

LIDERANÇA DE EMPRESAS EXTRAORDINÁRIAS (1)

Empresa extraordinária não erra


Numa empresa fundada com uma concepção de excelência, as relações de trabalho e as políticas de recursos humanos são saudáveis, proveitosas, os conflitos entre o Capital e o Trabalho maduramente resolvidos. Há respeito mútuo entre os integrantes do quadro pessoal e os dirigentes. O clima organizacional torna-se gostoso, motivador, há alegria e satisfação em ir ao trabalho, que deixa de ser um suplício como ocorre na maioria dos casos. O marketing deixa de ser uma caça psicótica para laçar o cliente de qualquer maneira, transformando-se numa atividade mercadológica amadurecida.

Em 2004 fiz uma palestra em São Paulo para um grupo de empresários, executivos, universitários, sobre Liderança de Empresas Extraordinárias, minha paixão acadêmica e profissional nos últimos tempos, como única alternativa do parque empresarial brasileiro, em termos de tornar-se competitivo e respeitado nessa reformulação do mundo e na competição globalizada no século XXI. A conferência foi proferida numa entidade conceituada e o encontro presidido por um ex-presidente de um dos maiores grupos financeiros do planeta, com sede em NY e filiais no Brasil. Antes da reunião, esse alto executivo me perguntou: "O que é uma empresa extraordinária?" A seguir, fez outra interpelação: "O Brasil tem lideranças?"

O objetivo deste e dos dois próximos artigos é repassar aos leitores minhas respostas, dadas ao ex-presidente (CEO) do poderoso grupo internacional.

Inicialmente, disse que a empresa extraordinária não erra. Ele ficou espantado, quase traumatizado, mesmo porque — segundo ele — as organizações são feitas por pessoas. E o ser humano é uma obra inconclusa, cometendo falhas a todo momento. Mesmo assim, as empresas desse altíssimo padrão de excelência não permitem falhas, principalmente as graves, que geram danos. O dono de um dos restaurantes mais bem-sucedidos do mundo, quando esteve em São Paulo, respondendo a uma pergunta da imprensa sobre as razões do sucesso do seu negócio, foi taxativo: "No Bali (nome do restaurante, localizado próximo a Barcelona), ninguém tem o direito de errar." No crime organizado (Máfia etc.), nas organizações terroristas (Al Qaeda, etc.), a política administrativa é a mesma. A falha, o mínimo tropeço, são punidos com extremo rigor, chegando a punição usualmente à morte — daí uma das razões do êxito delas.

No Brasil, ocorre exatamente o contrário. As empresas erram freqüentemente, com um agravante: o erro é estimulado, protegido e raramente executivos e empregados são punidos. Entra em cena o corporativismo, com a aprovação dos patrões. E, quando surgem pessoas reclamando das mancadas da organização, tornam-se antipáticas, solitárias, vistas com desagrado. Eu estou no meio dessas pessoas que reagem aos erros e por essa razão sou vítima da incompreensão e repúdio da maioria. Recebo toneladas de conselhos de amigos me recomendando mudar meu estilo, com o argumento de sempre: "Aqui é assim. Isso é Brasil, você não vai consegui mudar. Esse comportamento faz mal à sua saúde".

Parece ser motivador viver na bagunça, na desorganização, na falta de profissionalismo, de responsabilidade, sobretudo (ou inclusive) na ambiência organizacional/empresarial. Se alguém reclama nos restaurantes, nos hospitais, nos hotéis, nas lojas, enfim em qualquer lugar, torna-se uma pessoa antipatizada. Se o indivíduo tem um mínimo de exigência, de busca de qualidade, é perfeccionista, não consegue se relacionar com as empresas instaladas no território nacional. Todos erram: em maior ou menor quantidade. E a vítima sente-se impotente, porque não tem a quem recorrer para as devidas providências. Para quem almeja sobreviver na desorganização empresarial tupiniquim, a melhor alternativa é se especializar nas pessoas, ou seja, em cada estrutura escolha o menos ruim para lhe atender continuamente.

Em parte, essa situação de acintosa improvisação organizacional explica-se em função de dois fatores: a falta de cidadania do brasileiro, medroso de fazer a mínima crítica, vivendo no auto-engano de que tudo está OK. E no baixo grau de maturidade institucional do parque empresarial, construído improvisadamente nos últimos anos. Uma imaturidade alimentada pela atitude de não criticar do brasileiro, com receio de ferir suscetibilidades. O Brasil continua com a mentalidade colonial, rural, feudal, de comerciantes, anticapitalista, de industrialização tardia, com baixíssimo nível de escolaridade, de cultura. Ademais, ostenta uma nítida vocação ao lazer, à informalidade, como escrevi num dos meus mais recentes artigos, apresentando o ano de 2006, o mais maravilhoso de nossa História.

Porque traz uma tonelada de festejos (alta estação, Carnaval, Copa do Mundo, festas de São João, forrós por todos os lados, eleições, campanha eleitoral), tudo isso somado a centenas de feriados no meio das semanas. Nesse contexto, estamos muito distantes de empresas profissionalizadas, bem administradas e muito menos extraordinárias. Se, com a improvisação, com a sua arapuca, o tal empresário está ganhando dinheiro, o resto que se dane. E quem tentar cutucar essa cultura da informalidade corre o risco de ser isolado para sempre. O conceito de empresa extraordinária é muito amplo. Dadas as limitações do espaço jornalístico, apenas acrescentarei alguns outros itens, configurando o mencionado tipo de empresa/grupo empresarial, inexistente ainda no Brasil.

A construção da empresa extraordinária começa na cabeça do(s) acionista (s), dos fundadores, empreendedores. Quando o indivíduo funda um negócio com idealismo, com uma visão ampla, olhando acima da mera lucratividade, motivado por razões políticas (não confundir com política partidária), no sentido da empresa ser, também, um meio, um instrumento de contribuição à melhoria do País, aos rumos da humanidade, as sementes da empresa mencionada são plantadas. Esta postura dos pioneiros tem reflexos positivos nas decisões, funções, estilo de gestão etc. e na trajetória da organização. Basta comparar empreendimentos de proprietários civilizados, responsáveis, éticos, com negócios de controladores irresponsáveis, gananciosos, desonestos, sem envolvimento com a sociedade. Indivíduos que estão pouco se lixando se a empresa quebra, torna-se concordatária, seja vendida. Desde que ele fique com os bolsos cheios da grana e termine tristemente sua vida como empresário aposentado.

Ao contrário, numa empresa fundada com uma concepção de excelência, as relações de trabalho e as políticas de recursos humanos são saudáveis, proveitosas, os conflitos entre o Capital e o Trabalho maduramente resolvidos. Há respeito mútuo entre os integrantes do quadro pessoal e os dirigentes. O clima organizacional torna-se gostoso, motivador, há alegria e satisfação em ir ao trabalho. Trabalhar não é um suplício como ocorre na maioria dos casos. O marketing deixa de ser uma caça psicótica para laçar o cliente de qualquer maneira, transformando-se numa atividade mercadológica amadurecida, de profundo conhecimento e respeito em relação ao comportamento, mormente, das necessidades dos consumidores.

A publicidade passa a ser uma atividade digna e não uma encenação visando enfiar de goela abaixo produtos e serviços junto a consumidores incautos, indefesos e enterrados nos apelos da mesquinha sociedade de consumo, onde tudo gira em torno do mercado e as pessoassão avaliadas pelo "ter" e não pelo "ser". Aliás, o termo "cliente" é obsoleto, superado e inadequado nas empresas extraordinárias, que estão substituindo esse conceito predatório pelo de "seres humanos", dotados de uma história de vida e de um elenco de carências a serem eticamente atendidas e não apenas exploradas através de manipulações publicitárias e mercadológicas.


VÁ ALÉM
O Dr. Cleber Aquino é prof. da Universidade de São Paulo (USP), consultor de alta gestão e coordenador dos 6 volumes de História empresarial vivida – Depoimentos de empresários brasileiros bem-sucedidos (Editora Gazeta Mercantil, 1986 – busque em
http://www.livronet.com.br/produtos.php?codigo=189084). Escreve quinzenalmente aos domingos no jornal O Povo de Fortaleza, que vc acessa em
http://www.noolhar.com/

AUTO-ESTIMA, RELACIONAMENTOS E RENASCIMENTO

Tudo começa no espelho...



Em tudo na vida, há relacionamentos. Estamos sempre nos relacionando com nossa família, com amigos, com companheiro (a), com nosso trabalho. Todos os relacionamentos, entretanto, começam, para cada um de nós, a partir de cada um de nós consigo mesmo(a). Até que você escolha o mais importante de todos os seus relacionamentos, os outros permanecerão limitados.

“Se conhecêssemos quem somos, não nos conformaríamos com menos daquilo que merecemos. É muito conhecido o fato que a falta de auto-estima é uma das causas primárias de muitas das aflições do mundo, inclusive o fracasso em relacionamentos, problemas financeiros, doenças físicas, crimes e suicídios dos adolescentes, drogas, alcoolismo... Também é óbvio que tentamos, freqüentemente, consertar o sistema ao invés de curarmos a raiz do problema. É muito lamentável que tantas pessoas talentosas e criativas estejam desperdiçando suas vidas porque sentem um vazio absoluto dentro de si...”.

Existe inteligência e intenção por trás de toda criação. Não é por acaso que você é você. Sob a liberdade de pensar o que quer, dizer o que deseja, fazer suas escolhas e trabalhar no que lhe dá prazer, está o direito básico — saber quem e o que você é, desenvolver sua auto-estima e viver a partir da sua essência. Tudo isto desenvolve um saudável senso de si-mesmo(a) porque você tem a oportunidade de descobrir o mistério que você é e que o(a) faz tão único(a) e ainda assim o(a) une a toda a família humana.

A vida é uma jornada que se inicia com você e termina com você, e no meio, está um território imenso esperando para ser explorado e vivido!

Não há diferença entre conhecer a si mesmo(a) e ter alta auto-estima. Conhecer realmente o que se é e amar a si próprio(a) não é aprender o que se pensa que é ou aprender o que se sente. Estamos falando sobre saber e sentir o quê e quem você realmente é!

Experienciar a sua divindade, a sua essência, não é uma função do pensamento. Está além daquilo que se pensa. Para conhecer a si mesmo(a), é preciso saber que você não é sua própria mente, mas um ser espiritual que está além dos seus pensamentos. Quando você tem uma experiência direta do seu ser espiritual, isto transforma para sempre o seu relacionamento consigo mesmo(a), porque você terá, para sempre, o registro dela. Conectar-se com a sua divindade — com a sua essência — é uma experiência inesquecível.

A mesma coisa acontece em seus relacionamentos com outras pessoas. Quando você pode ver e sentir a essência da pessoa com a qual você está se relacionando, mesmo que o comportamento dela não seja adequado, você pode isolar este comportamento e amá-la, apesar da forma como ela se comporta.

Isto faz com que o caminho para a alta auto-estima seja completo. Quando você percebe quem é e expande esta consciência para incluir os outros, começa a experimentar seus relacionamentos em outro nível. Crítica, hostilidade e julgamento dão lugar a apreciação, entendimento e amorosidade. Relacionamentos mais verdadeiros e conscientes podem ser então estabelecidos, porque, quando se tem alta auto-estima, se é livre.

E a ponte entre o físico e o não-físico, entre o consciente e o inconsciente, entre o micro e o macro, entre o agora e o eterno, entre o sagrado e o profano, entre o feminino e o masculino, entre você e toda a existência, entre tudo aquilo que foi, é ou que pode vir a ser, é a respiração. A respiração tem fabulosos elos e poderes; quando nos abrimos, ela é capaz de nos levar para além do tempo e do espaço e, numa velocidade mais rápida que a da luz, provocar saltos quânticos em nosso ser.

Renascimento – Terapia da Respiração é a técnica que permite a você saber quem você é e fazer esta conexão entre o humano e o divino. Baseada em respiração consciente e conectada, cria um movimento de energia na qual tudo aquilo que é contrário à vida em sua plenitude se permite dissolver-se... Assim, re-nascer é aprender a reconhecer a divindade que já se é.

Entre as múltiplas iniciações por que passamos vida afora, a respiração é a mais importante! Então permita-se "tomar fôlego" e mergulhar nesta experiência única em sua vida, sabendo que, quanto mais o “mergulhador” vai em sua aventura, mais oxigênio, prana — energia vital — é resgatada.

Sendo assim... inspire-se e RESPIRE!


“O Renascimento não é uma técnica, é uma inspiração! Não é ensinar a uma pessoa como respirar, mas é o ato intuitivo e agradável de aprender a conectar a inalação e a exalação a um ritmo intuitivo,
reconhecendo o seu poder infinito, que nos traz consciência, sabedoria, prazer, amor...”
Dominique Levadoux e Leonard Orr

“Viva a alegria e viva o prazer
De estar gostando de viver,
Viva o oxigênio que invade o nariz
E faz a gente ser feliz!”

Viva – canção de Kledir Ramil


RESPIRANDO
A colunista A.Ramyata é terapeuta renascedora. Vive em Curitiba e coordena o workshop O direito de ser você mesmo(a) em Fortaleza, nos dias 19, 20 e 21 de maio de 2006, com palestra aberta ao público dia 17 de maio às 20h. Informe-se: (85) 9953-5916 e 3262-1799 (à noite) com Maristela ou acesse

CORPO & COMPORTAMENTO

Confrontando a impotência sexual


Quando um homem perde a habilidade de conseguir ou manter uma ereção adequada para um intercurso sexual normal (que tenha começo, duração e término após a ejaculação), pode ser considerado impotente. As ereções — transformações naturais de volume e rigidez do pênis destinadas a facilitar o coito e a fecundação — são o resultado visível de uma complexa combinação de estímulos cerebrais, atividades dos vasos sangüíneos, funções nervosas e ações hormonais. Qualquer coisa que interfira em qualquer um destes processos pode causar a impotência.

Alguns dos fatores mais comuns ligados à impotência são: doença vascular periférica, uso de certos medicamentos, álcool em excesso e o uso do cigarro. A impotência também pode ser produzida por doenças sexualmente transmitidas e doenças crônicas, como pressão alta e diabetes. Perturbações hormonais — tais como um nível reduzido de testosterona, ou elevada produção de prolactina, bem como o hipo e o hipertioidismo — também podem causar impotência. A diabetes não controlada pode conduzir à aterosclerose (endurecimento das paredes dos vasos), com a conseqüente redução da circulação, e é considerada a principal causa da impotência.

A impotência pode ser crônica, recorrente, ou apenas um caso isolado. Há uma estimativa de que 15 milhões de brasileiros tenham se manifestado impotentes, pelo menos uma vez. Estatisticamente, a maioria dos impotentes tem mais de 40 anos (após os 60 anos, um em cada três homens é impotente), mas os jovens também podem ser afetados, principalmente os que fumam maconha.

No passado, pensava-se que a impotência era primariamente um processo de natureza psicológica. Entretanto, hoje a maioria dos especialistas acredita que 60% dos casos têm origem física. A Associação para Disfunções Sexuais Masculinas (The Association for Male Sexual Dysfunction) reconhece (de modo cientificamente comprovado) mais de 200 drogas que causam impotência. Entre as mais potentes, estão os componentes do cigarro e da maconha, seguidos de drogas antidepressivas, antihistamínicos, antihipertensivos, diuréticos, narcóticos, sedativos, inibidores da acidez estomacal e remédios para úlcera.

A aterosclerose, por reduzir a circulação do sangue, além de afetar o desempenho do coração pode também afetar o funcionamento natural do pênis. Por outro lado, a maioria das pessoas sabe que o vício de fumar e abusos alimentares ocasionam a formação de placas, que entopem as artérias e podem reduzir ou mesmo obliterar o fluxo de sangue para o coração, causando enfarte, isquemias várias e até a morte. Estas placas também podem bloquear as artérias que conduzem à genitália, interferindo com a capacidade de se obter uma ereção.

O tratamento da impotência depende de sua causa — se física ou psicológica. Um homem cuja natureza da impotência é de origem psicológica geralmente ainda tem ereções noturnas, o que não ocorre com o que sofre de impotência de causa física. Um teste barato para saber qual a causa da sua impotência é o "teste do selo postal". Para proceder a ele, basta colar uma tira de selo ou uma tirinha fina de fita gomada ao redor do pênis, antes de dormir. Se, ao acordar, o selo estiver rompido é porque a sua impotência é de natureza psicológica. Se o selo estiver intacto, as chances são de que sua impotência seja de natureza física.

O uso da infusão de algumas plantas é recomendado para facilitar o mecanismo natural da ereção. As mais conhecidas são: catuaba, damiana, essência de angustura e a salsaparilha. Esta última contém uma substância muito parecida com a testoterona. Certos (bons) hábitos também ajudam a combater a impotência: uma dieta bem balanceada sem excesso de gordura ou condimentos; evitar bebidas alcoólicas, principalmente antes de um encontro sexual; abster-se de fumar e de ficar próximo de quem está fumando, principalmente em ambiente fechado; evitar o stress e consultar um médico, pois já existem alguns remédios para a recuperação temporária da função erétil.

Já se foi o tempo em que se distinguia medo de pavor: medo é a primeira vez que você falha em dar a segunda... pavor, é a segunda vez que você falha em dar a primeira. Neste último caso, consulte um andrologista, ele pode propor uma solução mais adequada para o seu problema.


DÚVIDAS? CONTATE
O professor Franco Feitosa, MS e PhD em Bioquímica e Nutrição Humana e Post-Doctor em Química Fisiológica pela Universidade do Arizona (USA), está acessível em:

drfeitosa@yahoo.com