17 dezembro 2020

TUDO BEM COM VOCÊ? por Mirian Goldenberg


Quando alguém me pergunta: “Tudo bem com você?”, não sei como responder. Não consigo dar a resposta esperada: 
                                     “Tudo ótimo. E você?” 

Também não posso dizer a verdade: 
“Estou péssima, deprimida, exausta, triste e angustiada com o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Tentando administrar o medo e a ansiedade sem tomar remédio. 

"Não consigo dormir.
Sofrendo com o ódio, violência e crueldade dos monstros criminosos que não estão fazendo o que deveriam fazer para salvar as vidas dos brasileiros. Cadê a vacina?

 "Não consigo entender como tanta gente perversa
apoia e se identifica com sociopatas assassinos.

"Nem aceitar que tantos egoístas e psicopatas consigam rir,
fazer festas e se vangloriar de não usar máscara".

Mas encontrei uma forma melhor de responder:
“Tudo bem com você?”

Sinceramente, ainda não sei como responder a essa pergunta.
Só consigo dizer: "Neste momento eu estou bem, neste momento as pessoas que eu mais amo estão bem."

"E você, como está?"




Imagem: © Krichanã Bros. no 303 do Jany VI circa 1997


22 setembro 2020

Indígena acreano da etnia Ashaninka está em campanha da ONU, junto com o Papa Francisco e a ativista adolescente sueca Greta Thunberg

  Conteúdo publicado por Sandra Assunção em 21/09/20 em www.ac24horas.com/






O que o Papa Francisco, o indígena Ashaninka Benki Piyãko e a ativista ambiental Greta Thunberg têm em comum? São protagonistas, junto com outras celebridades mundiais, de uma campanha através de um vídeo com um minuto de duração que deixa no ar a pergunta: que futuro você quer? A ideia é fazer essa pergunta para que as respostas circulem ao redor do mundo.

Benki Piyãko é índio Ashaninka do Rio Amônia de Marechal Thaumaturgo e é reconhecido como um dos mais importantes ativistas ambientais do mundo. O vídeo será exibido na cúpula da biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU) e na da Assembleia Geral da ONU (TBC), que vai ocorrer de forma virtual, além de escolas e estações de rádio e TV do mundo, além de poder ser compartilhado por quem quiser.

Os diretores Tom Mustill e Alex Kiehl tiveram a ideia do vídeo na quarentena: um pequeno filme de um minuto, como uma espécie de meditação/visualização furtiva, onde figuras globais de todos os diferentes credos e origens leem uma espécie de exercício de visualização, onde o espectador é solicitado a pensar no que seria um futuro melhor, e depois a falar sobre ele. Cada um gravou de sua casa ou do lugar onde estava.

Eles esperam que o material seja visto no Twitter, TikTok e instagram. Esperam que as pessoas o vejam repetidamente, pensem sobre sua mensagem e falem sobre ele. “Foi projetado para ser pequeno o suficiente para ser transmitido como um anexo do que se pode esperar”, explica Tom.