22 maio 2013

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA NÃO!


"É imprescindível mudar 
a consciência social e o 
modelo econômico que 
no dia a dia nos arruína"

A sociedade tem uma "batata fervente" nas mãos
não usufrui do verdeiro sentido dos conceitos de
  "liberdade", "sustentabilidade" e "democracia"




"Temos que consumir somente aquilo de que precisamos e pagá-lo com o dinheiro de que dispomos" é o atual mais bem-acabado brado de ecointeligência, convivência cidadã e libelo pela salvaguarda plena dos direitos humanos.


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20 maio 2013

68% DOS BRASILEIROS USAM



Genéricos*






As primeiras experiências médicas escritas encontram-se nos seis papiros egípcios. Os remédios (do latim, remedium-ii) foram inicialmente mencionados no papiro de Ebers, redigido em 1550 a.C., descoberto (em 1862) em Tebas (antigo Egito), por Georg Ebers, e atualmente guardado em Leipzig. É o mais extenso, mais completo e mais bem preservado. 

Mas pulemos para 1999, quando os remédios genéricos foram oficializados no Brasil. 


Seriam remédios tomados genericamente inespecíficos? Abrangeriam várias doenças? Seria um tipo (gênero) especial de produção de medicamentos? 

Carlos Drummond de Andrade dizia ser vã a luta com as palavras. Discordo e creio até ser fascinante com elas lutar. No caso destes símplices (drogas que compõem medicamentos), sobressai a impropriedade do termo, pois exato seria chamá-los "específicos". 

Ou próprios ou antiácidos ou antialérgicos etc. Genéricos aqui são cópias de remédios cujas patentes expiraram 20 anos após sua concessão. Custam em média 35% menos porque não implicariam mais pesquisas onerosas previas à sua liberação oficial para uso in anima nobilis (humanos). 

São comprados por 68% da população brasileira. Há três tipos: autogenéricos, similares, ou “assimiláveis”. Os primeiros devem ser cópias verdadeiras do princípio ativo (medicamento de referência), com a mesma forma galênica, mesma dosagem, e mesmos excipientes. Estes lhes conferem consistência, gosto e cor.

Os similares são idênticos mas com excipientes diferentes. Nos “assimiláveis”, o princípio ativo tem outra forma química daquela marca, embora com a mesma dosagem. Nestes também são outras as substâncias inertes incorporadas. 

Devem ter, comprovadas, idênticas equivalência farmacêutica, e biodisponibilidade, i.e., semelhantes tempos de absorção e eliminação. Serão igualmente intercambiáveis pelos remédios de marca.

Os ingredientes de base na composição do princípio ativo – elementos fundamentais da prescrição – proveem, em 80% dos casos, da Índia, da China ou do Brasil. Os demais originam-se da França e outros países europeus.

No Brasil, a Lei dos Genéricos foi efetivada durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo então ministro (leigo) da saúde, também antinordestino José Serra, mercê da Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. 

Simultaneamente, a mesma foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo esta, 10 anos após aquela providência legislativa, 83 laboratórios produziam genéricos de 104 classes terapêuticas, empregando 337 substâncias ativas.

Para alguns médicos franceses, em hebdomadário (semanal) recente (abril, 2013), sua eficácia nem sempre equivale àquela do original. Será? Seria? E por que uma paciente nossa, com retocolite ulcerativa, nos disse melhorar muito mais com os genéricos?

Como toda medicação, esta só deve ser prescrita por médicos, e só os doutores podem eventualmente substituí-los, ou farmacêuticos, mas nunca os balconistas. Curiosamente, os gregos usavam a palavra pharmacon para designar "remédio" -- a qual também significa veneno!

Talvez os leitores apreciem estas considerações genéricas, sobre drogas, algo diferente.


*Pedro Henrique Saraiva Leão é médico e 
secretário-geral da Academia Cearense de Letras.
Conteúdo publicado em www.opovo.com.br


17 maio 2013

MENOS ÁRVORES, MENOS ÁGUA


Desmatamento ameaça 

energia de Belo Monte

Se a perda de vegetação nativa atingir 40% da Amazônia, em 2050
a capacidade de produção de energia em Belo Monte cairá para 25%

Em plena mudança do clima global, o valor das florestas para o equilíbrio do planeta ainda é contestado. Mas um estudo publicado nesta semana por pesquisadores brasileiros na revista americana PNAS demonstra que, sem as matas tropicais, nem mesmo a produção de energia elétrica pode se sustentar.

A pesquisa comprova que, quanto mais floresta, maior será o potencial de usinas hidrelétricas localizadas na região amazônica. Isso porque a relação entre as florestas e a chuva é dinâmica: as árvores liberam vapor d’água, aumentando a precipitação. Menos árvores, menos água para gerar energia.
Focado na usina de Belo Monte, o trabalho considerou a influência que a floresta tem na produção de chuva e como o desmatamento pode reduzir esse potencial. Nos níveis atuais de perda florestal, o volume de chuva é entre 6 e 7% menor do que com a cobertura florestal completa.
Num cenário ainda pior, onde a perda de vegetação nativa atinja 40% do bioma, em 2050, o volume de chuva seria reduzido de 11 a 15%, fazendo com que a capacidade de produção de energia em Belo Monte caia a 25% da capacidade máxima da planta ou a 40% das próprias projeções da usina.
Por outro lado, se houvesse uma recuperação de tudo o que já foi desmatado na Amazônia, a produção de Belo Monte chegaria à sua capacidade máxima instalada, de 11,2 mil megawatts. Belo Monte foi projetada para ser a terceira maior usina do mundo e suprir 40% do crescimento do Brasil em produção de eletricidade até 2019.
“Acabar com o desmatamento deveria ser visto como uma questão de segurança energética nacional”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo um dos autores do trabalho, Daniel Nepstad, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).


(conteúdo publicado por Nathália Clark em www.greenpeace.org)
(foto: Daniel Beltrá / Greenpeace)

Entre para a Liga das Florestas


13 maio 2013

RASCUNHO DA ONU


10 Objetivos para 
Desenvolvimento
Sustentável


 Proposta ficará aberta para
consulta pública até 22 de maio




Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentaram um documento que define os dez Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O texto ainda é um rascunho de metas que devem ser alcançadas a partir de 2015.

A proposta foi desenhada por um grupo internacional de especialistas de diversas áreas e ficará aberta para consulta pública até o dia 22 no site www.unsdsn.org/resources/draft-report-public-consultation.

As sugestões poderão ser incorporadas em um texto que será analisado pela Assembleia Geral da ONU, em setembro deste ano.

A definição dessas metas era esperada como resultado da conferência promovida no Rio de Janeiro no ano passado. O documento parte das diretrizes do texto da Rio+20 e, assim como ele, traz objetivos bem genéricos.

Os objetivos devem entrar em vigor a partir de 2015, quando termina o prazo para serem atingidos os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU.

Eis os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável sugeridos pelos especialistas:

1 – Fim da pobreza extrema e da fome Erradicar a pobreza e dar poder aos cidadãos para que sejam produtivos; reduzir a desigualdade, aumentar a renda e a nutrição de pessoas mais pobres; reduzir a pressão ambiental que, em parte, é impulsionada pela pobreza;

2 – Alcançar o desenvolvimento global Auxiliar todos os países no desenvolvimento econômico; oferecer oportunidades de crescimento e investimento às nações pobres e fortalecer a inclusão social; promover a sustentabilidade ambiental, aliada ao “direito de se desenvolver” dos países;

3 – Garantir um aprendizado eficaz às crianças e jovens – Criar oportunidades de trabalho e subsistência a pessoas de todas as idades; elevar o ensino sobre o desenvolvimento sustentável, para criar uma geração de líderes inovadores e que pensem nas causas ambientais;

4 – Alcançar a igualdade de gêneros, inclusão social e direitos humanos  Mobilizar e dar poder a todos os membros da sociedade para que ocorra o desenvolvimento econômico; incluir as populações que vivem em florestas e que, devido à exclusão delas na sociedade, acabam causando danos ambientais;

5 – Alcançar o bem-estar e garantir a saúde em todas as idades São pré-requisitos para alcançar a erradicação da pobreza e o desenvolvimento econômico; são temas centrais para promover a igualdade social e de gêneros; são garantidos por meio de ações políticas que combatem a poluição do ar, da água e agentes resultantes do desenvolvimento sustentável;

6 – Melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural  Elevar o uso de técnicas agrícolas para reduzir a pobreza e o combate à fome, além de promover o crescimento econômico; melhorar a vida dos pequenos agricultores; reduzir a pressão de sistemas agrícolas em ecossistemas, reduzir as emissões de gases-estufa e as altas taxas dos ciclos de nitrogênio e fósforo provenientes da agricultura;

7 – Capacitar as cidades, tornando-as inclusivas, produtivas e resistentes Acelerar o uso de tecnologias nas cidades, produzindo empregos e reduzindo a pobreza; aumentar a inclusão social nas áreas urbanas com a redução de moradores de favelas e criação de empregos decentes; equipar as cidades para manter o ar e a água limpos, usar de forma eficiente o solo, e aumentar a prevenção contra desastres naturais;

8 – Controlar a mudança climática e garantir energia limpa a todos – Aumentar investimentos a curto prazo e procurar oportunidades de “crescimento econômico verde” – incluindo a implantação de matrizes energéticas renováveis; evitar danos às populações que ainda vivem na pobreza;

9 – Serviços ambientais, biodiversidade e gerenciamento dos recursos naturais – Valorar serviços ambientais, aliando a proteção do meio ambiente e a manutenção do crescimento econômico; evitar o colapso ambiental, que pode afetar a vida dos mais pobres;

10 – Transformar a governança para o desenvolvimento sustentável – Adequar o poder público e a iniciativa privada ao desenvolvimento sustentável; adequar o desenvolvimento financeiro para erradicar a pobreza extrema; transformar políticas públicas para beneficiar o clima e a questão ambiental.

(conteúdo publicado em www.conass.org.br)

SAIBA MAIS
www.unsdsn.org/resources/draft-report-public-consultation