12 junho 2006

X-MEN, URANO ASTROLÓGICO

Diferir faz a diferença

Na semana que passou fui ao cinema assistir X-Men: O confronto final. Como astrólogo, não pude deixar de ver o filme sob a perspectiva simbólica das estrelas.

Resumindo: todos nós temos uma "porção X-Men", um lado diferente, incompreendido, que foge aos padrões pré-estabelecidos da sociedade ou dos grupos com os quais convivemos.

Esta realidade excêntrica se faz representar astrologicamente através da simbologia que encontramos em Urano — o "cara" responsável por nossas "doidices".

É através de sua posição (e sua relação com os demais corpos celestes) na carta astral de um indivíduo que vamos encontrar os aspectos particulares de sua vida, bem como tendências a se comportar de uma forma diferenciada.

O cotidiano dos X-Men é preenchido de poderes sobrenaturais, que vão além das capacidades dos seres humanos comuns. São talentos, dons especiais. São os mutantes, tachados de "anormais" pelos ditos "normais".

Os aquarianos, "regidos" por Urano, conhecem bem essa "natureza X-Men". Possuem qualidades diferenciadas, dons criativos. Tidos como gênios, nem sempre são reconhecidos em suas épocas. Aí cabe bem: "Ninguém é profeta em sua terra". Eles soam como os clamores do futuro. Estão à frente de sua época, são os verdadeiros vanguardistas.

Urano, com qualidades similares às do signo de Aquário, faz o mesmo percurso. Sua trajetória nos mostra as áreas onde encontramos qualidades progressivas, inovadoras: onde somos futuristas.

Onde Urano se encontra, somos singulares. Não existem iguais, mas similares. Em mil cabeças de bois, uma (você!) irá mostar-se contrária aos que fazem o percurso. Um "ET" caído de pára-quedas.

Entretanto, a diferença — por vezes — exclui e discrimina. É uma luta de ardor para fimar seu valor. Em sociedades onde somos tratados como integrantes de massas, o preconceito mostra-se corriqueiro.

Muitos dos mutantes possuem características físicas que chocam o espectador. Sendo assim, vivem às escondidas, refugiados e colocados à margem. Outros disfarçam suas excentricidades, caminhando relativamente bem entre os ditos "normais". É aí que mora o perigo!

No sentir-se diferente, discriminados e marginalizados, tendemos a seguir o percurso dos "bois". Isso é muito bem mostrado no filme, quando os mutantes são chamados para se tornarem humanos, através da "cura".

"Curar-se" é sinônimo de "ser igual". A pluralidade é sufocada. O singular, perde-se. Homogeneização pura. Castração constante. Sem mais comentários.


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O colunista Fábio Silva faz o seu mapa astral e perscruta os astros para ver melhor a vida.
binhofilho@yahoo.com.br

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