22 outubro 2006

PRA NÃO FALAR DE ABOBRINHAS


Alcachofra: exotismo culinário


Ela está em quase todos os cardápios — e mais do que nunca, na mesa do brasileiro. Quem ainda tem reservas porque acha o ingrediente caro e a preparação complicada, vale deixar o preconceito de lado e adotar de vez a deliciosa alcachofra, esta flor exótica e medicinal. Em casa, no restaurante ou no supermercado, a dica é experimentar e abusar.

A alcachofra faz parte das nossas receitas há pelo menos 100 anos, quando alguns europeus que vieram morar no Brasil trouxeram esta flor de características bem peculiares para fazê-la germinar em nossas terras. Nativa do Sul da Europa e da África, a alcachofra ganhou o mercado brasileiro e é hoje um ingrediente essencial no preparo dos mais variados pratos.

Por ser uma planta de clima temperado a frio (média de 20ºC) e de fácil adaptação em áreas úmidas, a alcachofra é cultivada em solos específicos do Estado de São Paulo e no Sul do País. Em regiões quentes ela vegeta bem, mas não forma botões florais comestíveis. De agosto a novembro é sua época de colheita e de festas, como a que acontece na cidade de São Roque/SP. É quando encontramos alcachofra com ótima qualidade e melhores preços.

A alcachofra (Cynara scolymus) é uma flor imatura, pertencente à mesma família das margaridas e dos girassóis. Cada 100 gramas dessa iguaria reúne vitaminas do Complexo B, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. Ela é considerada um eficiente auxiliar da digestão e a ciarina — substância encontrada na planta — pode melhorar as funções do fígado.

A medicina popular já consagrou esta iguaria como um perfeito alimento-remédio, ideal para as pessoas com problemas hepáticos e para os diabéticos. Segundo a nutricionista Carolina Peralta, o ideal é consumir a alcachofra no mesmo dia da compra, pois ela começa a perder suas qualidades logo depois de colhida. Para prepará-la, basta ferver imersa na água durante 40 minutos ou por 20 minutos em panela de pressão. Para saber se a alcachofra está cozida, é só puxar uma folha: se ela se soltar com facilidade é porque está no ponto.

Os talos das alcachofras também podem ser aproveitados. Para isso, é só retirar a parte fibrosa que os envolve, descascando com uma faca. Depois, deixe os talos mergulhados em água com limão ou vinagre durante alguns minutos e leve para cozinhar por 30 minutos ou 15 minutos em panela de pressão. A dica da nutricionista Carolina Peralta é experimentar a alcachofra recheada com ricota ou creme de tomate seco. “Nesta época encontramos a alcachofra em supermercados. Vale comprar a planta e preparar com molhos diversos. O ideal é consumir as pétalas logo depois do preparo, assim elas ficam ainda mais saborosas”, explica.

São quatro as variedades mais vistas nos supermercados: Violeta de Proença, Roxa de São Roque, Verde Lion e Verde-Grande da Bretanha. Em Campinas/SP, os restaurantes apostam em receitas variadas, usando principalmente as pétalas. No restaurante Barbacoa, o risoto de alcachofra é apreciado o ano todo por muitos clientes. “O risoto fica muito cremoso e o gostinho da alcachofra é ótimo para acompanhar peixe ou carnes vermelhas, como o Tornedor ao Poivre”, afirma a gerente Shirlei de Paula.

"Além de muito saborosa, a alcachofra contém uma substância que estimula as funções do fígado. Ela ajuda a diminuir os níveis de colesterol e pressão arterial e ainda possui antioxidantes'', afirma a nutricionista que aproveitou a temporada da alcachofra e preparou algumas receitas para incorporar ao buffet da rede de choperias Giovannetti. “O salmão grelhado com alcaparras e alcachofras recheadas é uma das sugestões”, destaca Carolina.

No Espaço Coronel, a preparação do cotê grelhado com risoto de alcachofra foi incorporado ao cardápio, a pedido do sócio-proprietário Renato Maudonnet. “Esse é um dos meus pratos prediletos. Existem outros ingredientes que combinam também, mas o gostinho da alcachofra é inconfundível”, relata o restaurateur.

No bar e restaurante Moinho D'Água a aposta é a Magrela — uma massa fina sem fermento, que serve de base para receitas da casa. “Já que estamos ao lado da Lagoa do Taquaral, onde as pessoas estão acostumadas a praticar exercícios físicos, fizemos várias opções de petiscos “magrinhos”. Uma delas leva recheio de alcachofra, mussarela de búfala e rúcula. É um pão bem fininho, sem fermento e que não leva molho de tomate” esclarece o chef Dedé.


SAIBA MAIS
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